13/03/2017

A INFORMAÇÃO, A FORMAÇÃO E O CONHECIMENTO: ASPECTOS DA RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI

Muita coisa se transformou no trabalho dos professores. Como o educador E. O. Wilson observou, “estamos nos afogando em informação e, ao mesmo tempo, famintos por sabedoria”. A cada dia, o volume de novas informações excede milhões de vezes a capacidade do cérebro humano de retê-las. (BAUMAN, 2015)

Introdução

            A formação superior no Brasil vem mudando o seu perfil em um contexto tecnológico inovador na história do país e do mundo, no caldeirão candente das possibilidades educacionais para o século XXI. Hoje pode-se estar em um ambiente físico/estrutural de uma Instituição de Ensino Superior (IES) ou estar em casa estudando confortavelmente, conectado via internet a um ambiente virtual de aprendizagem, através do computador, tablet ou aparelho celular.

Esta realidade permite que o curso de formação profissionalizante seja desenvolvido dentro da margem prevista na Portaria 1.134, do Ministério da Educação (2016) em até 20% de Ensino à Distância (EAD) – semipresencial, por exemplo (ensino híbrido) ou o estudante poderá estar imerso no EAD na modalidade auto instrucional, em outras situações apócrifas.  O significado da formação profissional vem sendo um processo que depende do sonho / desejo / necessidade do estudante na parceria do serviço prestado por uma IES pública ou privada em seus rumos estratégicos.

Neste cenário inovador e mutante, as coordenações dos Cursos de Graduação das IES enfrentam desafios regulados pela qualidade da formação que disponibilizam, oscilações no mercado de trabalho, e as mudanças das políticas educacionais ditadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Deste tripé surgem algumas questões inquietantes para os coordenadores: como atender aos anseios dos estudantes, disponibilizando formação de qualidade? O estudante que chega à IES teve sua formação básica suficiente? Qual o diferencial da formação que poderá facilitar o ingresso do futuro profissional ao mercado de trabalho? Como atender as políticas educacionais do MEC, de forma a contemplar a avaliação positiva dos docentes e discentes da IES, com a situação de crise financeira vivida no país?

Na busca de fundamentos conceituais que sustentem o incremento do trabalho da IES, o Prof. Wilie Muriel adverte que   

É preciso analisar a maneira como vemos a realidade que nos cerca. Uma IES, a exemplo de qualquer outra organização, significa a união de um grupo de pessoas para desempenhar um conjunto de atividades no tempo. Quanto mais aproximada for a visão de realidade de seus membros, mais coesa e vencedora será a organização. Suas crenças, valores, visão, missão, objetivos e símbolos são, enfim, a representação desta unidade, construída pela percepção coletiva: uma adição das perspectivas individuais. A estrutura organizacional, as políticas, os valores, as regras e os procedimentos operacionais, dentre outros sinais, desempenham uma função interpretativa. Se explorarmos os conceitos implícitos nas palavras, nas campanhas institucionais, nos instrumentos oficiais de regulamentação de sua estrutura funcional ou em seu organograma, desde a concepção até a definição de cada sistema ou procedimento, chegaremos a uma noção de unidade concreta que fundamenta toda a organização.

                A IES é formada por pessoas, que constroem e (re)constroem coletivamente o Projeto Pedagógico Coletivo (PPC) do Curso,  guiada por um modelo educacional emancipatório, que mobilize a comunidade interna ao “aprender a aprender”. Esta é uma das possibilidades da nuança do serviço prestado, desejável no leque das possibilidades, com capacitações pedagógicas que promovam a libertação dos professores das “caixas das disciplinas”, do exercício solitário de um “pequeno poder por deter um conhecimento específico”, que deve transformar-se sempre em sapiência junto aos estudantes, no compartilhamento da docência.

A informação: velocidade da conectividade.

            Em um mundo em que a conexão é parte da vivência cotidiana, seja pelo computador, TV, mídias e celular, a era mobile está sendo tão rápida e revolucionária quanto a própria internet o foi na transição de um século para o outro. A necessidade de comunicação e o aproveitamento do tempo, mesmo fazendo atividades de natureza diversa (ex. estar se alimentando e enviando mensagem pelo celular) é cada vez mais real na atualidade. Desse novo cenário surge interrogantes, em relação a gestão de um Curso de Graduação:  qual a melhor oferta de um curso que contemple a realidade da IES, as políticas educacionais e os anseios e possibilidades do estudante? Qual o diferencial do Curso? Cabe o currículo tradicional, a grade curricular com disciplinas isoladas e a antiga sala de aula com muitos estudantes?

            Essas inquietações se materializam com as adoção pelas IES da opção por metodologias ativas, na aposta de (re)significar a aprendizagem, onde o papel do professor passa a ser de um facilitador da aprendizagem que tenciona as informações, valorizando a vivência do estudante e estimulando-o a buscar construir o seu próprio conhecimento. Tarefa hercúlea frente a educação tradicional - da transmissão de conhecimentos, realidade da grande maioria dos ingressantes. Conduzir o estudante a gerir seu processo de aprendizagem, encaminhando-o a cenários tais como: tutorias, laboratórios de habilidades, instrutorias..., como uma das possibilidades, não é tarefa impossível, nem de toda forma fácil. É um caminho em que se deve buscar a quebra do paradigma do ensino centrado no professor, ou centrado no estudante – na procura do caminho do meio, do encontro docente-discente.              

A formação para o mercado ou para a vida?

            Na transformação da informação relevante em conhecimento próprio do estudante é um longo processo mediado pela introdução precoce ao mundo do trabalho, já que ele está sendo formado para a vida – o mundo do trabalho, ou será para o mercado de trabalho? Competir consigo mesmo, superando-se ou fazer da competição um objetivo para alimentar o próprio ego?

            Diante desses desafios, em que “o conhecimento é a navegação em um oceano de incertezas, entre arquipélagos de certezas” (MORIN, 2003), o Coordenador do Curso de Graduação deve ter a seu alcance uma caixa de ferramentas da gestão: elementos que reverberem a missão da IES, assim como os objetivos do Curso. Pode-se citar como ferramentas potentes  um planejamento estratégico do Curso junto ao Institucional, e que sua aplicação consolide a ação da liderança: o marketing, a captação de novos estudantes, a diminuição da evasão, o diálogo com os estudantes, professores e funcionários, a regularidade de reuniões que tenham pauta, ata e sejam o atendimento às deliberações do planejamento anual, as reuniões continuadas com os membros do Núcleo Docente Estruturante (NDE), o aproveitamento inteligente do tempo no trabalho, a capacitação permanente dos docentes, dentre outras.       

O conhecimento formativo: o que precisamos conhecer como humanos?

Em os 7 saberes da educação, Edgar Morin abre o capítulo III deste livro com a sentença - “Ensinar a condição humana”, ressaltando que devemos reconhecer a humanidade comum em que vivemos. E, ao mesmo tempo, a diversidade da nossa condição humana. A humanidade é una e diversa. Compreender que o “humano” é sempre físico, biológico, psicológico, social e cultural, e essa unidade complexa da natureza humana é totalmente “desintegrada”, não entendida, porque foi artificialmente dividida ou desligada, na educação atual, pelas várias disciplinas. Tomando isto como base, devem levar-se os estudantes a compreender a unidade e a complexidade do ser humano. Utilizando a Didática interdisciplinar. (MORIN, 2011)

O conhecimento formativo profissionalizante deve contemplar o ensino, a pesquisa e a extensão, além de atividades culturais inclusivas. A IES necessita cumprir essa sua vocação social, além de integrar os estudantes em atividades comunitárias, extramuros. O Coordenador poderá ser um ativador de parcerias que além da troca de informações / conhecimentos em ações conjuntas, transforme esta oportunidade em mais, realizando nesses momentos marketing institucional profícuo.                

A ressignificação da Educação: competências, habilidades e atitudes

            É imprescindível que a questão didático-pedagógica da formação do estudante a esteja fundada nas Diretrizes Curriculares no que tange às competências, habilidades e atitudes. Competências, entendidas como a mobilização de conhecimentos e habilidades no exercício da prática profissional, em diferentes contextos. Os estudantes são estimulados, durante toda a formação, a "aprender a conhecer", "aprender a fazer", "aprender a conviver" e "aprender a ser" (Delors, 2003). A manutenção de uma metodologia que desenvolva uma postura proativa e autônoma na construção dos conhecimentos e no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Ao mesmo tempo, o contato com a realidade e as demandas da área de estudo acomoda a formação generalista e reflexiva do futuro profissional.     

Conclusões

            O Coordenador de Curso vive muitas situações de crise durante os anos letivos, mas se ele consegue ver nestes momentos como oportunidades para o seu crescimento e da equipe, este é um caminho para o crescimento e principalmente para a inovação. Além deste ensinamento prático, Drucker advertia que quem estivesse à frente da equipe precisava autogerir-se, sabendo exatamente qual é o seu trabalho para aproveitar o tempo destinado para isso e fazê-lo, da melhor forma possível. Sugere que nos questionemos constantemente: Quais são as minhas forças? Quais são os meus valores? Onde pertenço? Qual deve ser a minha contribuição?

            A participação de pequena equipe, composta por pessoas auto gerenciáveis, que sabem suas funções na IES, libera tempo ao Coordenador, de modo que poderá atuar na promoção de mudanças estratégicas no Curso, pois neste sentido pode provê-los de ferramentas e difundir informações para que construam conhecimentos que lhes tragam posições mais assertivas no cumprimento das metas de crescimento.   

 

REFERÊNCIAS

 

BAUMAN, Zygmunt. A educação deve ser pensada durante a vida inteira. Jornal O Globo e Extra, evento “Educação 360”. Rio de Janeiro, 23 ago 2015. Entrevista a Bruno Alfano.

CARDOSO, Wilie Muriel. A construção de uma realidade compartilhada em Instituições Educacionais emergentes (IESE). In: http://moodle.cartaconsulta.com.br/mod/folder/view.php?id=247 Acesso em: 26 dez 2016.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC/UNESCO, 2003.

MEC. Ministério da Educação. GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA Nº 1.134, DE 10 DE OUTUBRO DE 2016. Revoga a Portaria MEC nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, e estabelece nova redação para o tema. Diário Oficial da União nº 196, terça-feira, 11 de outubro de 2016, Seção 1, Página 21.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2.ed.rev. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2011

DRUCKER, Peter. A administração na próxima sociedade. São Paulo: Editora Nobel, 2003.  

 

Muita coisa se transformou no trabalho dos professores. Como o educador E. O. Wilson observou, “estamos nos afogando em informação e, ao mesmo tempo, famintos por sabedoria”. A cada dia, o volume de novas informações excede milhões de vezes a capacidade do cérebro humano de retê-las. (BAUMAN, 2015)

Introdução

            A formação superior no Brasil vem mudando o seu perfil em um contexto tecnológico inovador na história do país e do mundo, no caldeirão candente das possibilidades educacionais para o século XXI. Hoje pode-se estar em um ambiente físico/estrutural de uma Instituição de Ensino Superior (IES) ou estar em casa estudando confortavelmente, conectado via internet a um ambiente virtual de aprendizagem, através do computador, tablet ou aparelho celular.

Esta realidade permite que o curso de formação profissionalizante seja desenvolvido dentro da margem prevista na Portaria 1.134, do Ministério da Educação (2016) em até 20% de Ensino à Distância (EAD) – semipresencial, por exemplo (ensino híbrido) ou o estudante poderá estar imerso no EAD na modalidade auto instrucional, em outras situações apócrifas.  O significado da formação profissional vem sendo um processo que depende do sonho / desejo / necessidade do estudante na parceria do serviço prestado por uma IES pública ou privada em seus rumos estratégicos.

Neste cenário inovador e mutante, as coordenações dos Cursos de Graduação das IES enfrentam desafios regulados pela qualidade da formação que disponibilizam, oscilações no mercado de trabalho, e as mudanças das políticas educacionais ditadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Deste tripé surgem algumas questões inquietantes para os coordenadores: como atender aos anseios dos estudantes, disponibilizando formação de qualidade? O estudante que chega à IES teve sua formação básica suficiente? Qual o diferencial da formação que poderá facilitar o ingresso do futuro profissional ao mercado de trabalho? Como atender as políticas educacionais do MEC, de forma a contemplar a avaliação positiva dos docentes e discentes da IES, com a situação de crise financeira vivida no país?

Na busca de fundamentos conceituais que sustentem o incremento do trabalho da IES, o Prof. Wilie Muriel adverte que   

É preciso analisar a maneira como vemos a realidade que nos cerca. Uma IES, a exemplo de qualquer outra organização, significa a união de um grupo de pessoas para desempenhar um conjunto de atividades no tempo. Quanto mais aproximada for a visão de realidade de seus membros, mais coesa e vencedora será a organização. Suas crenças, valores, visão, missão, objetivos e símbolos são, enfim, a representação desta unidade, construída pela percepção coletiva: uma adição das perspectivas individuais. A estrutura organizacional, as políticas, os valores, as regras e os procedimentos operacionais, dentre outros sinais, desempenham uma função interpretativa. Se explorarmos os conceitos implícitos nas palavras, nas campanhas institucionais, nos instrumentos oficiais de regulamentação de sua estrutura funcional ou em seu organograma, desde a concepção até a definição de cada sistema ou procedimento, chegaremos a uma noção de unidade concreta que fundamenta toda a organização.

                A IES é formada por pessoas, que constroem e (re)constroem coletivamente o Projeto Pedagógico Coletivo (PPC) do Curso,  guiada por um modelo educacional emancipatório, que mobilize a comunidade interna ao “aprender a aprender”. Esta é uma das possibilidades da nuança do serviço prestado, desejável no leque das possibilidades, com capacitações pedagógicas que promovam a libertação dos professores das “caixas das disciplinas”, do exercício solitário de um “pequeno poder por deter um conhecimento específico”, que deve transformar-se sempre em sapiência junto aos estudantes, no compartilhamento da docência.

A informação: velocidade da conectividade.

            Em um mundo em que a conexão é parte da vivência cotidiana, seja pelo computador, TV, mídias e celular, a era mobile está sendo tão rápida e revolucionária quanto a própria internet o foi na transição de um século para o outro. A necessidade de comunicação e o aproveitamento do tempo, mesmo fazendo atividades de natureza diversa (ex. estar se alimentando e enviando mensagem pelo celular) é cada vez mais real na atualidade. Desse novo cenário surge interrogantes, em relação a gestão de um Curso de Graduação:  qual a melhor oferta de um curso que contemple a realidade da IES, as políticas educacionais e os anseios e possibilidades do estudante? Qual o diferencial do Curso? Cabe o currículo tradicional, a grade curricular com disciplinas isoladas e a antiga sala de aula com muitos estudantes?

            Essas inquietações se materializam com as adoção pelas IES da opção por metodologias ativas, na aposta de (re)significar a aprendizagem, onde o papel do professor passa a ser de um facilitador da aprendizagem que tenciona as informações, valorizando a vivência do estudante e estimulando-o a buscar construir o seu próprio conhecimento. Tarefa hercúlea frente a educação tradicional - da transmissão de conhecimentos, realidade da grande maioria dos ingressantes. Conduzir o estudante a gerir seu processo de aprendizagem, encaminhando-o a cenários tais como: tutorias, laboratórios de habilidades, instrutorias..., como uma das possibilidades, não é tarefa impossível, nem de toda forma fácil. É um caminho em que se deve buscar a quebra do paradigma do ensino centrado no professor, ou centrado no estudante – na procura do caminho do meio, do encontro docente-discente.              

A formação para o mercado ou para a vida?

            Na transformação da informação relevante em conhecimento próprio do estudante é um longo processo mediado pela introdução precoce ao mundo do trabalho, já que ele está sendo formado para a vida – o mundo do trabalho, ou será para o mercado de trabalho? Competir consigo mesmo, superando-se ou fazer da competição um objetivo para alimentar o próprio ego?

            Diante desses desafios, em que “o conhecimento é a navegação em um oceano de incertezas, entre arquipélagos de certezas” (MORIN, 2003), o Coordenador do Curso de Graduação deve ter a seu alcance uma caixa de ferramentas da gestão: elementos que reverberem a missão da IES, assim como os objetivos do Curso. Pode-se citar como ferramentas potentes  um planejamento estratégico do Curso junto ao Institucional, e que sua aplicação consolide a ação da liderança: o marketing, a captação de novos estudantes, a diminuição da evasão, o diálogo com os estudantes, professores e funcionários, a regularidade de reuniões que tenham pauta, ata e sejam o atendimento às deliberações do planejamento anual, as reuniões continuadas com os membros do Núcleo Docente Estruturante (NDE), o aproveitamento inteligente do tempo no trabalho, a capacitação permanente dos docentes, dentre outras.       

O conhecimento formativo: o que precisamos conhecer como humanos?

Em os 7 saberes da educação, Edgar Morin abre o capítulo III deste livro com a sentença - “Ensinar a condição humana”, ressaltando que devemos reconhecer a humanidade comum em que vivemos. E, ao mesmo tempo, a diversidade da nossa condição humana. A humanidade é una e diversa. Compreender que o “humano” é sempre físico, biológico, psicológico, social e cultural, e essa unidade complexa da natureza humana é totalmente “desintegrada”, não entendida, porque foi artificialmente dividida ou desligada, na educação atual, pelas várias disciplinas. Tomando isto como base, devem levar-se os estudantes a compreender a unidade e a complexidade do ser humano. Utilizando a Didática interdisciplinar. (MORIN, 2011)

O conhecimento formativo profissionalizante deve contemplar o ensino, a pesquisa e a extensão, além de atividades culturais inclusivas. A IES necessita cumprir essa sua vocação social, além de integrar os estudantes em atividades comunitárias, extramuros. O Coordenador poderá ser um ativador de parcerias que além da troca de informações / conhecimentos em ações conjuntas, transforme esta oportunidade em mais, realizando nesses momentos marketing institucional profícuo.                

A ressignificação da Educação: competências, habilidades e atitudes

            É imprescindível que a questão didático-pedagógica da formação do estudante a esteja fundada nas Diretrizes Curriculares no que tange às competências, habilidades e atitudes. Competências, entendidas como a mobilização de conhecimentos e habilidades no exercício da prática profissional, em diferentes contextos. Os estudantes são estimulados, durante toda a formação, a "aprender a conhecer", "aprender a fazer", "aprender a conviver" e "aprender a ser" (Delors, 2003). A manutenção de uma metodologia que desenvolva uma postura proativa e autônoma na construção dos conhecimentos e no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Ao mesmo tempo, o contato com a realidade e as demandas da área de estudo acomoda a formação generalista e reflexiva do futuro profissional.     

Conclusões

            O Coordenador de Curso vive muitas situações de crise durante os anos letivos, mas se ele consegue ver nestes momentos como oportunidades para o seu crescimento e da equipe, este é um caminho para o crescimento e principalmente para a inovação. Além deste ensinamento prático, Drucker advertia que quem estivesse à frente da equipe precisava autogerir-se, sabendo exatamente qual é o seu trabalho para aproveitar o tempo destinado para isso e fazê-lo, da melhor forma possível. Sugere que nos questionemos constantemente: Quais são as minhas forças? Quais são os meus valores? Onde pertenço? Qual deve ser a minha contribuição?

            A participação de pequena equipe, composta por pessoas auto gerenciáveis, que sabem suas funções na IES, libera tempo ao Coordenador, de modo que poderá atuar na promoção de mudanças estratégicas no Curso, pois neste sentido pode provê-los de ferramentas e difundir informações para que construam conhecimentos que lhes tragam posições mais assertivas no cumprimento das metas de crescimento.   

 

REFERÊNCIAS

 

BAUMAN, Zygmunt. A educação deve ser pensada durante a vida inteira. Jornal O Globo e Extra, evento “Educação 360”. Rio de Janeiro, 23 ago 2015. Entrevista a Bruno Alfano.

CARDOSO, Wilie Muriel. A construção de uma realidade compartilhada em Instituições Educacionais emergentes (IESE). In: http://moodle.cartaconsulta.com.br/mod/folder/view.php?id=247 Acesso em: 26 dez 2016.

DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 2ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC/UNESCO, 2003.

MEC. Ministério da Educação. GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA Nº 1.134, DE 10 DE OUTUBRO DE 2016. Revoga a Portaria MEC nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, e estabelece nova redação para o tema. Diário Oficial da União nº 196, terça-feira, 11 de outubro de 2016, Seção 1, Página 21.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2.ed.rev. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2011

DRUCKER, Peter. A administração na próxima sociedade. São Paulo: Editora Nobel, 2003.  

 

 

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