A Importância da Lógica na Educação
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
A educação brasileira tem suas deficiências, seja na língua portuguesa, na matemática, na escrita de uma redação além de claro, uma deficiência em se trabalhar a Lógica, começando pelo pensamento de que o raciocínio lógico está direcionado apenas para quem trabalha com informática.
É interessante perceber que trabalhar com lógica ultrapassa ao silogismo, embora faça uso de conclusão deduzida de premissas com argumentação lógica e perfeita.
Neste texto, a lógica analisada aqui, estará intrinsecamente ligada a um pensamento matemático que deve ser trabalhado nos educandos, já que este mesmo pensamento constitui um sistema de expressão, que de acordo com as autoras Groenwald e Nunes, em seu artigo Currículo de matemática no ensino básico: a importância do desenvolvimento dos pensamentos de alto nível[1], publicado pela Scielo em 2007, esta expressão é percebida como uma maneira "do pensamento ser desenvolvido nos indivíduos" já que "constitui–se em um sistema de expressão através do qual podemos organizar, interpretar e dar significado a certos aspectos da realidade que nos rodeia".
A lógica deve fazer parte do cotidiano do educando para que este possa enxergar os raciocínios corretos e fugindo as armadilhas das falácias.
Vale ressaltar através de Silveira, Loiola e Ferreira[2] no artigo intitulado Uma metodologia de ensino de lógica aplicada em cursos de ciências humanas, publicado e 2009 pela Scielo, que a lógica é indispensável ao pensamento científico, facilitando de certa forma o pensamento dedutivo e matemático bem como seus limites, além de abordar o "problema da mecanização e representação do pensamento quantitativo por meio do raciocínio lógico" que auxilia na tomada de decisão baseada condições pré-determinadas.
Dito isso, a disciplina de Lógica passa a ser um diferencial para as escolas que querem oferecer uma educação de qualidade e tendo a certeza de que desenvolvendo tal raciocínio em seus alunos, os mesmos colherão frutos não apenas na área matemática como também na área social, já que problemas surgirão e seus alunos ou egressos terão a segurança e objetividade em resolvê-los, já que estes terão todo repertório em si para soluções que exijam raciocínio lógico-matemático e silogísticos.
O ensino de lógica desenvolve mais o senso crítico alavancando uma cidadania cognoscente, o que é corroborado por Pavao e Santos[3] em seu artigo Confronto entre a "lógica do professor" e a "logica do aluno" em classes de 1.ª e 2.ª series do 1.º grau, publicado na Scielo em 1987, ao aduzirem que através do raciocínio lógico o educando fugirá a obediência cega e desenvolverá a autonomia e iniciativa sem mascarar a aprendizagem, o que converge com as ideias Freirianas quando busca desenvolver um aluno crítico e protagônico.
[1] Para mais informações vide GROENWALD, Claudia Lisete Oliveira; NUNES, Giovanni da Silva. Currículo de matemática no ensino básico: a importância do desenvolvimento dos pensamentos de alto nível. Relime, México , v. 10, n. 1, p. 97-116, marzo 2007 . Disponible en <http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1665-24362007000100005&lng=es&nrm=iso>. accedido en 12 feb. 2020.
[2] Para mais informações, vide SILVEIRA, Denis Silva Da; LOIOLA, Eliane Maria; FERREIRA, Simone Bacellar Leal. Uma metodologia de ensino de lógica aplicada em cursos de ciências humanas. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online), São Paulo , v. 10, n. 2, p. 164-180, Apr. 2009 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712009000200008&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Feb. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-69712009000200008.
[3] Para mais informações vide: PAVAO, Zélia Milleo; SANTOS, Denise Grein. Confronto entre a "lógica do professor" e a "logica do aluno" em classes de 1.ª e 2.ª series do 1.º grau. Educ. rev., Curitiba , n. 6, p. 133-146, Dec. 1987 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40601987000100008&lng=en&nrm=iso>. access on 12 Feb. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.071.