22/12/2017

A escola que responde o que ninguém perguntou

Nilton Bruno Tomelin

Um dos grandes desafios da escola do século XXI é reinventar-se para dar vasão à sua existência, como instituição verdadeiramente formadora das novas gerações. Como diz Moacir Gadotti, a escola é uma das melhores, senão a melhor das invenções da humanidade e tem por incumbência oferecer às novas gerações, oportunidades de conhecer o seu contexto histórico e espacial e habilita-las a contribuir para a sua transformação. Por isso, a escola é um lugar para se fazer muitas perguntas, uma vez que há um universo à ser descoberto. Uma escola transformadora é antes de tudo uma escola que incita seus alunos a perguntar e perguntar certo.

Por esta razão a sintonia entre a escola e os que a frequentam na condição de alunos é fundamental para que se torne uma instituição verdadeiramente significativa para eles. Uma escola assim, é capaz de questionar de maneira profunda cada sujeito, fazendo-o compreender seu papel no conjunto da sociedade, preocupando-se menos com as respostas. As respostas de boas e desejáveis perguntas, permite que novos questionamentos sejam feitos, mobilizando o conhecimento, fazendo-o evoluir. Um aluno questionador na escola o será também na sociedade e não se contatará com respostas simplistas e relativizadas.

Analisando qualitativamente a escola percebe-se o quanto deixa a desejar especialmente pelo fato da escola insistir por responder àquilo que ninguém perguntou. Em outras palavras debruça-se sobre o que não despertou o desejo, a necessidade ou prazer para saber. Consequentemente perde-se o desejo, a necessidade e o prazer de estar na escola tanto entre alunos quanto entre professores. Assim, uma escola de qualidade, portanto, é orientada por perguntas bem formuladas para que os alunos devidamente desafiados possam provocar a criação do novo e do diverso.

Ressalte-se também que num tempo de tantos meios de comunicação (mídias, redes sociais, etc) é fundamental saber perguntar para definir o caminho que queremos trilhar. A pergunta deve portanto, definir uma escolha que haveremos de fazer diante de um desafio dentro e principalmente fora da escola. Por isso é preciso enaltecer a ideia de que a escola deve mais desafiar que instruir. Pessoas bem instruídas sabem repetir o que supostamente aprendem e pessoas desafiadas costumam duvidar daquilo que é imposto e fazem-se significativas perguntas para obter respostas que as desafiem a perguntar mais.

Outro aspecto que me provoca questionamentos é a associação entre qualidade e quantidade. Uma escola para poucos pode até ter qualidade, pois seleciona os que quer acolher e faz deles o que quiser. Mas por certo a qualidade deve ser associada a quantidade, pois qualidade para poucos é privilégio e ao se admiti-la, admite-se também a exclusão, esta o maior fator de aprofundamento da desigualdade humana.

Por isso, retomando o ideia de que infelizmente ainda temos uma escola que ensina o que ninguém quer saber, parece que em alguns casos sobreviver a ela é uma prova de qualidade pessoal. Construir uma escola que não apenas procure responder o que lhe perguntam, mas incite a perguntar de forma complexa e profunda, é um compromisso com a qualidade que queremos para uma escola sem privilégios.

Um dos grandes desafios da escola do século XXI é reinventar-se para dar vasão à sua existência, como instituição verdadeiramente formadora das novas gerações. Como diz Moacir Gadotti, a escola é uma das melhores, senão a melhor das invenções da humanidade e tem por incumbência oferecer às novas gerações, oportunidades de conhecer o seu contexto histórico e espacial e habilita-las a contribuir para a sua transformação. Por isso, a escola é um lugar para se fazer muitas perguntas, uma vez que há um universo à ser descoberto. Uma escola transformadora é antes de tudo uma escola que incita seus alunos a perguntar e perguntar certo.

Por esta razão a sintonia entre a escola e os que a frequentam na condição de alunos é fundamental para que se torne uma instituição verdadeiramente significativa para eles. Uma escola assim, é capaz de questionar de maneira profunda cada sujeito, fazendo-o compreender seu papel no conjunto da sociedade, preocupando-se menos com as respostas. As respostas de boas e desejáveis perguntas, permite que novos questionamentos sejam feitos, mobilizando o conhecimento, fazendo-o evoluir. Um aluno questionador na escola o será também na sociedade e não se contatará com respostas simplistas e relativizadas.

Analisando qualitativamente a escola percebe-se o quanto deixa a desejar especialmente pelo fato da escola insistir por responder àquilo que ninguém perguntou. Em outras palavras debruça-se sobre o que não despertou o desejo, a necessidade ou prazer para saber. Consequentemente perde-se o desejo, a necessidade e o prazer de estar na escola tanto entre alunos quanto entre professores. Assim, uma escola de qualidade, portanto, é orientada por perguntas bem formuladas para que os alunos devidamente desafiados possam provocar a criação do novo e do diverso.

Ressalte-se também que num tempo de tantos meios de comunicação (mídias, redes sociais, etc) é fundamental saber perguntar para definir o caminho que queremos trilhar. A pergunta deve portanto, definir uma escolha que haveremos de fazer diante de um desafio dentro e principalmente fora da escola. Por isso é preciso enaltecer a ideia de que a escola deve mais desafiar que instruir. Pessoas bem instruídas sabem repetir o que supostamente aprendem e pessoas desafiadas costumam duvidar daquilo que é imposto e fazem-se significativas perguntas para obter respostas que as desafiem a perguntar mais.

Outro aspecto que me provoca questionamentos é a associação entre qualidade e quantidade. Uma escola para poucos pode até ter qualidade, pois seleciona os que quer acolher e faz deles o que quiser. Mas por certo a qualidade deve ser associada a quantidade, pois qualidade para poucos é privilégio e ao se admiti-la, admite-se também a exclusão, esta o maior fator de aprofundamento da desigualdade humana.

Por isso, retomando o ideia de que infelizmente ainda temos uma escola que ensina o que ninguém quer saber, parece que em alguns casos sobreviver a ela é uma prova de qualidade pessoal. Construir uma escola que não apenas procure responder o que lhe perguntam, mas incite a perguntar de forma complexa e profunda, é um compromisso com a qualidade que queremos para uma escola sem privilégios.

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