03/09/2024

A EDUCAÇÃO MIDIATICA

Educacaomidiatica_home

Monica Regina de Souza

Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Alfabetização e Letramento. Primavera do Leste, MT.

Elizangela Queiroz Teixeira

Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.

Suellen Cristina Peres de Sousa

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Educação Infantil nfantil e Séries Iniciais. Primavera do Leste, MT.

Dairlene Boeno Neres

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Series Iniciais. Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional. Primavera do Leste, MT.

Hugneia Oliveira Faria

Licenciatura Plena em Pedagogia. Licenciatura Plena em Historia. Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. Primavera do Leste, MT.

 


      Uma educação de qualidade é, sem dúvida, a frase que mais nos vem à mente quando discutimos sobre esse tema. Mas, afinal, o que vem a ser essa tal “Educação de Qualidade”? São muitos os fatores que nos levam a montar essa pequena expressão, pois a qualidade é uma palavra forte que nos impõe uma responsabilidade da qual estamos assumindo. Esta característica é um dos pilares principais de uma sociedade bem edificada.

      Avaliar essa qualidade sempre foi um dos pontos mais polêmicos. Tratamos de emoções, situações adversas, problematizações, desde sociais, até intelectuais. Este talvez seja o ponto que devemos lançar um olhar bem mais profundo, uma vez que criar um sistema onde se tenta quantizar e qualificar conhecimentos é mais do que, simplesmente, lançar dados analisando-os de forma pronta e acabada. É necessário olhar como estes dados foram construídos. O que foi feito para que eles apresentassem determinado resultado e refletir sobre eles, sejam bons ou ruins. Isto não é tarefa fácil, pois o intelecto é uma pluralidade de ideias e habilidades.

      Vemos, então, uma deficiência talvez, na teoria de Binet, que em 1905 publica seu teste de raciocínio e lógica. Tenta quantizar e qualificar o conhecimento, utilizando um teste padronizado com escalas pré-determinadas. Já afirmava Gardner: “A inteligência não é um conceito único, mas uma soma de várias habilidades”. Não podemos nos envolver apenas com o propósito de avaliar, mas, sim, de construir um método onde possamos avaliar da forma mais integral possível o ser humano. Não esquecendo que este fará parte da sociedade e será submetido a avaliações intrínsecas cotidianamente. Todos têm suas dificuldades em certas áreas e habilidades em outras. Ao potencializar nossas habilidades de forma fechada e extremamente fragmentada, estaremos definindo nossa inteligência como individual e específica.

      O ser humano não é um ser isolado. Ele sofre várias influências em seu processo construtivo tanto intelectual, emocional e de convivência. É importante lembrar e ressaltar o que a cultura nos oferece. Esta, que está em convívio dia a dia com nossas ações. Um saber não se constrói sem antes vir arraigado de uma cultura. Segundo Vygotsky (2001), tudo que é cultural é social, pois a cultura é produto da vida social e da atividade social humana. Valorizar esta cultura é preservar e manter firme as concepções inseridas no processo de formação do indivíduo.

      Com isso, os saberes que farão parte da ação são internalizados de forma a serem utilizados de um modo integral. Este é necessário para uma sociedade atual, que necessita, cada vez mais, de seres que pensam global, coletivamente e de forma social. O teórico Paulo Freire também formou suas ideias pedagógicas em observação à cultura dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do papel elitista das escolas, justamente em observância à real funcionalidade da escola e qual sua função na vida do aluno. O método de Freire, não visa tornar o conhecimento mais rápido e acessível ao aprendizado, mas pretende fazer com que o aluno “leia o mundo”, entenda suas nuances de uma forma simples, mas ao mesmo tempo interpretativa e fazer com que essa intepretação faça sentido em sua vida. O ato de educar não consiste tão somente em dar aula. Mas, num conjunto de ações que implicam em outras ações cotidianas e sem perceber pessoais e do dia a dia, que vão incorporando a vida do educador.

      Combater a passividade do aluno, o “esperar pronto” é necessário se fazer de forma constante. Uma vez que queremos uma sociedade livre de “amarras” ideológicas e concepções equivocadas de mundo, bem como uma análise simplista e reduzida da realidade. Em sala de aula, tanto professor quanto aluno aprendem juntos, um com o outro. Para isso é necessário que haja relações democráticas e afetivas, a fim de criar seres pensantes e educados humanisticamente. É necessário recriar uma escola cuja dinâmica esteja efetivamente mais próxima da realidade do mundo, das comunicações e interações onde os alunos sejam capazes de estabelecer relações e não só reproduzir (ROMÃO, 2008).

      De forma alguma é objetivo, criar seres propensos a atitudes infundadas e irracionais, mas tem-se como pilar principal formar seres pensantes na realidade, onde possam refletir, questionar, argumentar de forma coerente sobre os fatos que lhes é imposto ou proposto.

      A educação não pode se tornar algo reduzido aos livros, mas deve-se ampliar à realidade do aluno, como bem enfatiza Freire, pois é de lá que surgem as ideias, é de lá que o educando vê de forma palpável sua realidade sendo desmistificada em sua frente. Educar é uma tarefa que exige eficácia e dedicação. Esta dedicação, iremos discutir mais adiante. Mas, em se tratando de eficácia, temos um determinado entrave.

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×