A Educação Desmistificando Mitos
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Um país cuja educação de qualidade é prioridade em qualquer governo, e esta é efetivada, este país pode ser considerado desenvolvido, pois como pontua Giles em seu livro Filosofia da educação, publicado pela Epu em 1983, educar é firmar-se na prática da liberdade e esta liberdade está em fazer o educando construir o seu próprio conhecimento, desenvolvendo assim o seu poder de discernimento, abstendo-se de qualquer alienação, já que um país desenvolvido não tem seu povo alienado.
Gallo em seu livro Ética e Cidadania: caminho da filosofia; elementos para o ensino da filosofia, publicado pela Papirus em 2003, enfatiza que “na complexidade da vida humana, a possibilidade da liberdade é construída a cada momento, na aceitação das determinações das quais não se pode fugir e na luta contra as determinações que podem ser superadas”, assim sendo, pode-se perceber que o conhecimento é a base desta liberdade, pois é ele que te proporcionará discernimento para que seu livre arbítrio possa atuar efetivamente.
Este mesmo conhecimento destruirá mitos, pois um conhecimento que não muda o comportamento é visto como um conhecimento inútil. Assim sendo, HARARI em seu livro Sapiens - Uma Breve História da Humanidade, publicado pela L&PM em 2016, elucida que mitos mudam depressa. O autor salienta que em “1879, a população francesa, quase da noite para o dia, deixou de acreditar no mito do direito divino dos reis e passou a acreditar no mito da soberania do povo”.
E o Brasil tem seus mitos, todavia, a capacidade intelectual de seu povo não o deixa perceber que um destes mitos não passa de uma falácia a cometer sempre um paradoxo político.
Vale salientar que o conhecimento é visto como um poder e por isso a elite busca meios de fazer com que este poder não seja disseminado a partir da base da pirâmide social, pelo motivo de que esta minoria elitizada possa ludibriar seu povo cada vez mais.
A queda de um mito é proporcional a cultura de seu povo, a sua educação e ao seu poder de discernimento, por isso os mitos caem e um “mito paradoxal” cai mais rápido, pois ele contribui para uma seara que desenvolve a criticidade e o protagonismo, pois como ensina o provérbio oriental: “tempos difíceis geram homens fortes”, e esta força será encontrada na educação.