23/09/2024

A CRISE EXISTENCIAL

Teoria-da-complexidade

Luci Mara Kumm

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialização em Ludopedagogia e  Literatura na Educação Infantil e Anos Iniciais. Primavera do Leste - MT.

Edilene Regina da Silva

Licenciatura em Química. Especialização em Metodologia do Ensino de Química. Primavera do Leste - MT.

Joselâine Silva Lopes

Cursando Licenciatura em Pedagogia. Primavera do Leste - MT.

Juliana Gomes

Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialização em Psicopedagogia e  Educação Infantil. Especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica. Primavera do Leste - MT.

Joana Souza Quinteiro

Licenciatura em Pedagogia. Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Primavera do Leste - MT.


      Apesar dos insistentes discursos [de pesquisadores e professores] em afirmar que não existe uma crise existencial, tampouco um esgotamento da aplicabilidade do paradigma disciplinar, percebe-se que quanto mais o conhecimento se afunila no sentido de completude e complexidade, mais brechas se abrem, reivindicando maior integração e diálogo entre os saberes, com vistas a romper e/ou alargar as fronteiras disciplinares, visando resolver ou até mesmo abrir caminhos para solução de problemas de natureza complexa, fazendo-se valer da prática interdisciplinar.

      Dito de outra maneira, as lacunas deixadas [ou até mesmo construídas] pelas disciplinas, no que tange à solução de problemas, na maioria das vezes complexos, propiciam a abertura do espaço para que discussões cada vez mais acaloradas sobre a necessidade de um conhecimento de todo esteja cada vez mais presente. Na esfera da pesquisa brasileira, percebemos a abertura permanente do espaço para uma nova proposta de construção de conhecimento – a interdisciplinaridade que, progressivamente, abriu espaço para abordagens cada vez mais específicas, a citar: multidisciplinaridade e transdisciplinaridade.

      Ainda que não tenhamos uma definição literal de interdisciplinaridade, sua origem baseia-se nas transformações dos modos de produzir a Ciência e de perceber a realidade, conjecturando suas implicações para a vida do ser humano. No entanto, uma definição superficial mais próxima leva em consideração segundo Paviani (2008), sem dúvida, a rigidez, a artificialidade e a falsa autonomia das disciplinas, as quais não permitem – visto sua característica ‘intocável’ – acompanhar as mudanças no âmbito pedagógico e a produção de novos conhecimentos. E é justamente contrapondo este delineamento que a interdisciplinaridade se apresenta.

      Segundo Fazenda (1999); Picciguelli e Ribas (2007), a interdisciplinaridade ocorre quando é estabelecido o diálogo entre as diferentes disciplinas, acabando com as barreiras epistemológicas, artificialmente colocadas entre os conhecimentos, promovendo uma conexão entre conhecimento e realidade.

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