11/03/2022

Ignorância, a Miséria de um Povo

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Se todos soubessem como o conhecimento é libertador, como ele é a luz para a verdade, o nosso país seria mais desenvolvido e as diferenças sociais não seriam um de seus maiores problemas.
Vázques em seu livro Ética, publicado pela Civilização Brasileira em 2002, pontua que a ignorância não nos exime de nossa responsabilidade moral, já que ignorante assim o é, por ignorar o que poderia ter conhecido ou que tinha a obrigação de conhecer. 
Somos os responsáveis por não sabermos o que deveríamos saber, logo, podemos constatar politicamente que existe uma força motriz que fomenta a ignorância para que dela possa usufruir, e como afirma as falas de Simón Bolivar ao afirmar que “a ignorância mata e nos coloca à beira da extinção”.
A ignorância neste caso é vista como uma estratégia usada por uma elite esmagadora poder manipular a massa. Esta mesma ignorância é imposta, pois assim o ser quando ignorante é fácil de controlar e persuadir. 
Ela eleva a pobreza e a miséria de um povo, e  em concomitância a fome e o desemprego, fatores fundamentais para que nossa política sórdida, corrupta e corruptora se mantenha no poder, já que um povo sem instrução é um terreno fértil para estes aproveitadores.
Burke e Ornstein no livro O Presente do Fazedor de Machados – Os dois gumes da história da cultura humana, publicado por Bertrand Brasil em 1998, elucidam que em New Lanark, havia um “Instituto para a Formação do Caráter” cujo objetivo, ambicioso segundo quaisquer padrões, baseava-se na crença de que o progresso humano seria impossível sem a prévia eliminação da ignorância.
As falas acima são corroboradas por Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007, quando pontua que a ignorância é uma das causas das desgraças públicas e da corrupção dos Governos.
Dito isso, uma forma de combatermos a ignorância é através da busca do conhecimento e do discernimento que serão oferecidos sempre que a nossa educação pública for realmente de qualidade, pois o único limite é determinado por nossa ignorância.
Que possamos valorizar nossos profissionais de educação para que estes possam ser verdadeiros combatentes contra a ignorância que encontra-se enraizada em nossa população, e assim, fomentar em nossos educandos a busca pelo conhecimento sob a luz da verdade

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