26/09/2019

O USO DE TECNOLOGIA NO AUXÍLIO À EDUCAÇÃO

O USO DE TECNOLOGIA NO AUXÍLIO À EDUCAÇÃO

 

RESUMO

A preocupação básica deste estudo se fundamenta na importância de conhecer mais sobre tecnologia, já que ela está presente em praticamente tudo em nossa vida, não seria diferente na Educação. Realizou-se pesquisa bibliográfica, utilizando contribuições de autores como BACICH; MORAN (2018), CONTIN (2016), KENSKI (2012), LEITE (2014), entre outros, procurando evidenciar a importância da tecnologia aliada à Educação e os benefícios que o uso de tecnologia pode trazer ao processo de ensino-aprendizagem. Concluiu-se a grande importância que o uso de tecnologia tem no auxílio de uma educação plena e na ampla gama de oportunidades de aprendizagem que ela proporciona.

Palavras-chave: Tecnologia. TICs. Aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO           

            Não é possível viver hoje sem um mínimo de tecnologia. Ela está presente no mundo desde sempre. Ela é tão antiga quando a espécie humana. Notar a presença da tecnologia no dia a dia de nossas vidas é tarefa muito fácil, basta olhar ao nosso redor. A escrita é considerada uma tecnologia, a roda, o fogo, a cadeira que sentamos, a lâmpada elétrica, o carro, o computador, o telefone, entre milhares de outros. Além disso, a tecnologia está difundida em vários hábitos humanos: na alimentação, na saúde, na moda, no entretenimento; ela está em diversos segmentos da vida humana. “Pode-se identificar a presença da tecnologia em quase todas as áreas de atividade humana; sua presença parece irreversível.” (LEITE et al., 2014, p. 7)

            Diante dessa ótica, construiu-se questões que nortearam este trabalho:

  • A tecnologia é importante para a Educação?
  • Quais benefícios o uso da tecnologia pode trazer à Educação?

            Existem diversas possibilidades para o uso das tecnologias nas salas de aula, não precisando que as aulas sejam sempre as mesmas, no modo tradicional.

            Diante do exposto até aqui, é claro que a tecnologia também deve estar presente nas escolas. “Assim como a tecnologia para o uso do homem expande suas capacidades, a presença dela na sala de aula amplia seus horizontes e seu alcance em direção à realidade.” (LEITE et al., 2014, p. 7)

            Todos sabemos que o mundo está conectado e que a produção de conhecimento é cada vez mais constante e compartilhada. E, neste contexto, é objetivo deste estudo, investigar como o uso das tecnologias pode auxiliar na educação dos discentes e quais são os benefícios que ela traz para a Educação.

 

DESENVOLVIMENTO

            Em atividades cotidianas, usamos e lidamos com diversos tipos de tecnologias. Os avanços tecnológicos se dão de forma muito rápida. Atualmente, em segundos podemos transmitir inúmeros tipos de informações para qualquer lugar do planeta. Mas, infelizmente esses avanços das tecnologias ainda não chegaram à todas as escolas. Antes de iniciarmos os estudos, é interessante destacar o que Vani Moreira Kenski escreveu:

(...) foi a engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. O uso do raciocínio tem garantido ao homem um processo crescente de inovações. Os conhecimentos daí derivados, quando colocados em prática, dão origem a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, produtos, processos, ferramentas, enfim, a tecnologia. Desde o início dos tempos, o domínio de determinados tipos de tecnologias, assim como o domínio de certas informações, distingue os seres humanos. Tecnologia é poder. (KENSKI, 2012, p. 15)

 

            Mas, o que de fato é considerado tecnologia? Kenski conceitua como: “ao conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade.” (KENSKI, 2012, p. 24)

            Outra definição importante para conhecimento é o da Tecnologia Educacional, que é definida como “estudo teórico-prático da presença e do papel dos recursos tecnológicos na educação” (LEITE et al., 2014, p. 9)

            Se respeitarmos a classificação definida por Leite et al. (2014), verificamos também que o conhecimento das tecnologias que estão disponíveis em nossa sociedade é fundamental para que haja um trabalho educacional transformador e de qualidade. Além disso, apenas o domínio das tecnologias pelo professor não é suficiente para garantir a contribuição efetiva delas na efetivação de uma educação transformadora e de qualidade.

            É importante que os profissionais da educação estejam atualizados com as últimas tendências em educação.

“Computador e internet na sala de aula nas mãos de professores treinados formam um importante instrumento de ensino. Ter acesso à internet não é mais uma questão de aumentar a capacidade de raciocínio. Passou a ser vital. É como saber ler e escrever nos anos 50.” (SCHWARTZ, 1999, p. 32 apud KOCH, 2013, p. 16)

 

            É imprescindível que o profissional de educação busque capacitação e formação continuada, afinal, antes de ensinar, é preciso aprender. Estar a par das inovações em educação é imprescindível para que o profissional da educação realize com qualidade o seu trabalho. De acordo com o site PAR – Plataforma Educacional, “ao se familiarizar com as tendências relacionadas à tecnologia na educação, os professores entrarão em contato com novas formas de ensinar e poderão desenvolver — caso ainda não o tenham — o hábito de continuar atualizando-se para descobrir outros usos das ferramentas disponibilizadas, novos programas e aplicativos de ensino.”

            Não é interessante usar a tecnologia como fim em si mesma. O interessante é que seja usada para trazer benefícios efetivos para a escola. Quando presentes, as tecnologias devem ser usadas com um propósito claro de aprimorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem e não ser um mero acessório em um modelo tradicional de aula. É preciso discutir o uso de tecnologias em sala de aula. Em muitas instituições de ensino, os alunos não são estimulados a construir o pensamento e nem a ter o pensamento crítico. São alunos passivos, “tábuas rasas”. Diante do exposto, Contin (2016) ressalta a importância do uso de tecnologia nas escolas:

As mídias são extremamente importantes na vida das novas gerações, funcionando como instituições de socialização, uma espécie de “escola paralela”, mais interessante e atrativa que a instituição escolar, na qual crianças e adolescentes não apenas aprendem coisas novas, mas também, e talvez principalmente, desenvolvem novas habilidades cognitivas, ou seja, “novos modos de aprender”, mais autônomos e colaborativos, ainda ignorados por professores e especialistas (BÉVORT; BELLONI, 2009 apud CONTIN, 2016, p. 85-86).

 

            “De nada adianta apresentar textos, imagens, sons e vídeos, ou utilizar softwares educativos se a proposta continua a ser a de construir um aluno que seja um mero banco de informações, e não um construtor do conhecimento.” (CONTIN, 2016, p. 38-39).

            Diante do uso das tecnologias pelos alunos, é preciso que haja o acompanhamento do professor, pois os alunos tem acesso a diversas informações quando acessam a rede, informações que podem ser falsas ou até mesmo boatos, com isso, pode prejudicar o processo de construção do pensamento dos mesmos. Portanto, “a orientação e a mediação do professor se fazem imprescindíveis na seleção das informações confiáveis ou não” (CONTIN, 2016, p. 70).

            Apesar de todos os avanços das tecnologias, inclusive dentro de sala de aula, que trouxe diversas facilidades, onde hoje é possível fazer pesquisas de todo e qualquer tipo de informação de forma on-line e rápida, que antes só eram possíveis através de livros impressos e enciclopédias, é extremamente importante ressaltar o papel fundamental do professor, que não deve de forma alguma ser excluído, portanto

o professor não se torna indispensável de forma alguma neste contexto, muito pelo contrário, com tantas informações disponíveis, é, por meio da mediação do professor com metodologias e intervenções pedagógicas adequadas, que os alunos terão condições de absorver as melhores informações, ter um olhar crítico, transformá-las em conhecimento. (CONTIN, 2016, p. 71)

 

            Crianças muito novas já sabem usar smartphones, tablets e computadores de seus pais e/ou responsáveis, isso quando elas já não ganham e possuem o próprio dispositivo. Com essa realidade é relevante pensarmos no poder que as TICs exercem na população. A produção de conteúdo é constante e a comunicação entre pessoas que estão distantes (e mesmo próximas) graças as novas tecnologias, se tornou possível e rápida (CONTIN, 2016).

A tecnologia em rede e móvel e as competências digitais são componentes fundamentais de uma educação plena. Um aluno não conectado e sem domínio digital perde importantes chances de se informar, de acessar materiais muito ricos disponíveis, de se comunicar, de se tornar visível para os demais, de publicar suas ideias e de aumentar sua empregabilidade futura. (BACICH; MORAN, 2018, p. 11)

 

            As Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) estão presentes em nossas vidas de forma cada vez mais frequente e,  

A aceleração no desenvolvimento das TICs passou a configurar um desafio e até um questionamento da adequação dos sistemas tradicionais de ensino, mas simultaneamente passou a oferecer também parcerias na criação de uma ampla gama de novas oportunidades de aprendizagem. (SILVA; SPANHOL, 2014, p. 34)

 

            Podemos definir as TICs como “o conjunto de recursos tecnológicos que utilizamos para nos comunicar.” (CONTIN, 2016, p. 92). Também pode-se dizer que “as TICs permitem atividades sem a interferência do mestre, num “fora da escola” pelo acesso à rede e, também, porque viabiliza que estudantes e professores interajam em tempo real, em encontros tecnologicamente mediados.” (SILVA; SPANHOL, 2014, p. 9)

            Os mesmos autores também ressaltam a influência das TICs na aprendizagem:

As TICs e as mídias utilizadas têm influência direta nos processos de ensino e aprendizagem, pois estas favorecem a pesquisa e uma maior interpretação entre os estudantes, contribuindo para uma prática pedagógica que vislumbre uma aprendizagem significativa (contextualizada). (SILVA; SPANHOL, 2014, p. 34)

           

            A Educação é um campo fértil para o uso das TICs, quer seja no ensino superior, quer seja na educação básica. É importante ressaltar que, “de nada adianta aquela sala com os recursos tecnológicos mais avançados no mercado se o aluno não for curioso e interessado, o professor motivador e a escola incentivadora.” (CONTIN, 2016, p. 50). De acordo com Kenski (2012), é importante que os alunos tenham autonomia em relação às suas aprendizagens, que eles consigam administrar o tempo de estudo, que também saibam selecionar os conteúdos que lhes são interessantes e que participem de atividades, independente do horário ou do local que estejam.

A grande revolução no ensino não se dá apenas pelo uso mais intensivo do computador e da internet em sala de aula ou em atividades a distância. É preciso que se organizem novas experiências pedagógicas em que as TICs possam ser usadas em processos cooperativos de aprendizagem, em que se valorizem o diálogo e a participação permanentes de todos os envolvidos no processo. (KENSKI, 2012, p. 88)

           

            Existe uma melhor forma de explorar a tecnologia na educação, através do ensino híbrido. O ensino híbrido busca experimentar novas formas de ensinar e aprender por meio da tecnologia e de um conjunto de práticas integradas presenciais e online. Além disso, permite que o aluno protagonize seu aprendizado, também aproxima a escola do cotidiano dos alunos. O professor passa a ser mentor e não mais a primeira fonte de busca.

            Com base em Christensen, Horn e Staker (2015) citado por (BACICH; MORAN, 2018, p. 78), “o ensino híbrido é definido como um programa de educação formal, que permite ao aluno realizar as atividades propostas por meio do ensino on-line e presencial, de modo integrado.”

            O ensino híbrido promove a realização de atividades por meio do ensino on-line, o que possibilita aos estudantes aprender “a qualquer momento, em qualquer lugar, em qualquer caminho, em qualquer ritmo” (HORN; STAKER, 2015 apud BACICH; MORAN, 2018, p. 79). Um dos modelos de ensino híbrido é a Sala de Aula Invertida, onde “os alunos têm acesso ao conteúdo da aula (orientação para a atividade, textos, palestras) previamente disponibilizados em um ambiente virtual de aprendizagem, requerendo conexão com a internet.” (BACICH; MORAN, 2018, p. 79)

(...) ao discutirem o processo de ensino e aprendizagem na dimensão na educação híbrida, chamaram a atenção para o fato de haver várias maneiras de ensinar e de se apropriar do conhecimento, destacando o trabalho colaborativo mediado pela tecnologia como uma delas. (BACICH; MORAN (2015) apud BACICH; MORAN, 2018, p. 79)

 

            Para que haja constante melhoria na qualidade do ensino, é importante pesquisar, comunicar, compartilhar ideias e construir conhecimentos na era digital. As mudanças que ocorrem na sociedade, inclusive as tecnológicas, demandam a necessidade de transformação dos modelos tradicionais de ensinar, isso lança mais desafios ao professor e à mediação que ele realiza. “O professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente não será substituída pelas tecnologias. Elas, ao contrário, ampliam o seu campo de atuação para além da escola clássica.” (KENSKI, 2012, p.104).  Para muitos professores, o problema não é o uso e domínio das TICs, mas encontrar formas produtivas e factíveis de integrar as TICs no processo de ensino-aprendizagem. “Torna-se necessário que os professores conheçam e saibam utilizar educacionalmente as tecnologias disponíveis.” (LEITE et al., 2014, p. 7). Também é indispensável o professor saber que “o espaço profissional dos professores, em um mundo em rede, amplia-se em vez de extinguir.” (KENSKI, 2012, p. 104)

            A formação de professores para uma sociedade em constante mudança faz-se necessária. Sobre esse assunto, Vani Moreira Kenski ressalta que,

Um dos grandes desafios que os professores brasileiros enfrentam está na necessidade de saber lidar pedagogicamente com alunos e situações extremas: dos alunos que já possuem conhecimentos avançados e acesso pleno às últimas inovações tecnológicas aos que se encontram em plena exclusão tecnológica; das instituições de ensino equipadas com as mais modernas tecnologias digitais aos espaços educacionais precários e com recursos mínimos para o exercício da função docente. O desafio maior, no entanto, ainda se encontra na própria formação profissional para enfrentar esses e tantos outros problemas. (KENSKI, 2012, p. 103)

 

            “Tornar o professor proficiente no uso das tecnologias digitais de forma integrada ao currículo é importante para uma modificação de abordagem que se traduza em melhores resultados na aprendizagem dos alunos.” (BACICH; MORAN, 2018, p. 130)

Professorem bem formados conseguem ter segurança para administrar a diversidade de seus alunos e, junto com eles, aproveitar o progresso e as experiências de uns e garantir, ao mesmo tempo, o acesso e o uso criterioso das tecnologias pelos outros. O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a transformar o isolamento, a indiferença e a alienação com que costumeiramente os alunos frequentam as salas de aula, em interesse e colaboração, por meio dos quais eles aprendem a aprender, a respeitar, a aceitar, a serem pessoas melhores e cidadãos participativos. (KENSKI, 2012, p. 103)

 

            A tipologia que ainda está presente na educação brasileira é aquela tradicional, centrada no professor, mas é importante deixar claro que “de forma alguma deve ser menosprezado o papel do professor, nem desconsiderados momentos em que é necessário transmitir certos conteúdos.” (BACICH; MORAN, 2018, p. 130) É importante que haja equilíbrio. “A relação professor-aluno pode ser profundamente alterada pelo uso das TICs, em especial se estas forem utilizadas intensamente.” (KENSKI, 2012, p. 103).

            As tecnologias

[...] propiciam a reconfiguração da prática pedagógica, a abertura e plasticidade do currículo e o exercício da coautoria de professores e alunos. Por meio da midiatização das tecnologias de informação e comunicação, o desenvolvimento do currículo se expande para além das fronteiras espaço-temporais da sala de aula e das instituições educativas; supera a prescrição de conteúdo apresentado em livros, portais e outros materiais; estabelece ligações com os diferentes espaços do saber e acontecimentos do cotidiano; e torna públicas as experiências, os valores e os conhecimentos, antes restritos ao grupo presente nos espaços físicos, onde se realizava o ato pedagógico. (ALMEIDA; VALENTE, 2012 apud BACICH; MORAN, 2018, p. 11)

 

            Os avanços tecnológicos e da internet possibilitaram diversos avanços na educação. Um desses avanços, possibilitou o surgimento e a expansão da modalidade de educação a distância, que também é conhecida pela sigla EaD.

(...) a EaD em sua essência não difere da educação tradicional. É nesta percepção que a EaD, com o apoio das TICs, realiza um papel relevante para o desenvolvimento social, pois por intermédio desta modalidade educacional é possível que pessoas com tempo escasso, limitações geográficas ou mesmo físicas possam ter acesso também ao conhecimento científico. (SILVA; SPANHOL, 2014, p. 13)

 

            De acordo com o Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, a Educação a distância é uma:

(...) modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos.

 

            A educação a distância é “um processo de ensino-aprendizagem no qual a mediação didático-pedagógica, com base em diferentes mídias, permite que professores e estudantes mesmo separados, possam desenvolver as situações de aprendizagem propostas.” (SILVA; SPANHOL, 2014, p. 19)

            Algumas vantagens dessa modalidade de ensino são: Acesso ao conhecimento: o estudante tem maior flexibilidade para a educação, por meio dos recursos tecnológicos. Diversidade populacional: oportuniza educação para estudantes localizados em diversas regiões. Qualidade a menor custo: minimização dos custos, sem prejuízo à qualidade. Autonomia no estudo: instiga a responsabilidade do estudante; faz com que ele seja protagonista de sua aquisição de conhecimento; possibilidade de escolha de horário para os estudos. (SILVA; SPANHOL, 2014)

            Para que o aluno consiga ingressar em cursos na modalidade EaD, é preciso que ele tenha um computador com acesso a internet. Também é necessário que possua conhecimentos básicos de informática, já que precisará usar sozinho o ambiente virtual de aprendizagem – AVA.

            Conceituando o que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, podemos dizer que são

(...) programas de computador desenvolvidos para oferecer um ambiente de aprendizagem que possibilite a realização de atividades de ensino-aprendizagem online, ou seja, a distância. São também conhecidos como Learning Management Systems (LMS) ou Sistemas de Gerenciamento de Cursos (SGC). São exemplos desses ambientes os softwares como TelEduc, Moodle, Solar, Sócrates, dentre outros. (LEITE et al., 2014, p. 65)

 

            De acordo com Schlemmer (2005) citado em um artigo na Revista Gestão Universitária, é possível listar os benefícios dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem para as instituições de ensino, para professores e alunos, como segue:

Benefícios para instituições de ensino:

  • Possibilita atender a um variado espectro de público;
  • Amplia os espaços destinados à Educação, podendo ser usado para a constituição de comunidades virtuais de aprendizagem, tanto como apoio ao ensino presencial quanto para a educação a distância;
  • Quando utilizado na modalidade à distância, o AVA possibilita reduzir custos relacionados a deslocamentos físicos e infraestrutura física.

Benefícios para os professores:

  • Suporta diferentes estilos de aprendizagem: cooperativa, orientada por discussão, centrada no sujeito, por projetos, por desafios/problemas/casos;
  • Serve de suporte para o desenvolvimento de práticas pedagógicas interdisciplinares e transdisciplinares;
  • Possibilita disseminar informações para um grande número de pessoas ao mesmo tempo, sem limites de amplitude geográfica;
  • Disponibilizada a informação no ambiente, tornando possível a atualização, o armazenamento, a recuperação, a distribuição e compartilhamento instantâneo;
  • A concepção didático-pedagógica possibilita uma visão clara das possibilidades de uso das ferramentas e uma maior interação.
  • Permite a personalização de uma comunidade de acordo com suas necessidades e características. Dessa forma, o conceptor, ao criar uma comunidade, pode escolher dentre as opções oferecidas as que melhor atendam aos objetivos da comunidade em questão. Ainda, ele tem a facilidade de, a qualquer momento, poder incluir ou excluir ferramentas.

Benefícios para os alunos:

  • Proporciona um fácil acesso à informação, pois não depende de espaço e nem de tempo fixos. Os alunos ficam livres para estudar em seu próprio ritmo, independentemente do lugar onde estejam. Podem acessar a sua comunidade por meio do AVA, de qualquer lugar e a qualquer hora. O aprendizado pode ocorrer 24 horas por dia, sete dias por semana;
  • Possibilita o compartilhamento de informações e a produção de conhecimento de forma coletiva, propiciando ampliar experiências, estimulando a colaboração entre os alunos;
  • Os alunos, individualmente ou em grupo, podem ter um acompanhamento personalizado e adequado às suas necessidades, de forma que, além de poder se conectar na hora que julgar mais propicia, ainda contam com a disponibilidade de poder escolher os assuntos e as opções que julgarem mais convenientes;
  • O AVA possibilita que grupos de alunos interagem em comunidades, que possam compartilhar as informações e seus insights, mesmo após a conclusão do curso ou da capacitação.

Fica claro que os Ambientes Virtuais de Aprendizagem contribuem muito para o desenvolvimento do aluno, já que ele pode estudar no seu próprio tempo e ritmo e rever sempre que quiser os conteúdos e atividades que já foram estudados.

 

CONCLUSÃO

Diante do exposto, concluiu-se que é praticamente impossível viver sem um mínimo de tecnologia, já que ela está presente no mundo desde sempre. É evidente que ela não poderia deixar de estar presente na Educação, pois aliar o uso das tecnologias à educação é extremamente importante para obter uma educação plena e de qualidade.

O profissional da educação deve constantemente buscar qualificação e formação continuada, com objetivo de melhor se atualizar em relação às últimas tecnologias e tendências em educação para que realize seu trabalho com qualidade.

Concluiu-se que as TICs estão presentes de maneira cada vez maior e mais frequente, configurando um desafio, mas ao mesmo tempo oferecendo uma diversidade de novas oportunidades no processo ensino-aprendizagem.

 

REFERÊNCIAS

BACICH. L.; MORAN. J. (orgs.). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: Uma Abordagem Teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9057.htm>. Acesso em: 25 set. 2019.

CONTIN, Ailton Alex. Educação e tecnologias. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.

Educação à Distância. Disponível em: <https://www.infoescola.com/educacao/educacao-a-distancia/>. Acesso em: 25 set. 2019.

JUNIOR. Antônio Carlos Pereira dos Santos. Os Benefícios dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem para Alunos, Professores e IES. Revista Gestão Universitária. Disponível em: <http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/os-beneficios-dos-ambientes-virtuais-de-aprendizagem-para-alunos-professores-e-ies--2>. Acesso em: 25 set. 2019.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologia: O novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012.

KOCH, Marlene Zimmermann. As tecnologias no cotidiano escolar: uma ferramenta facilitadora no processo ensino-aprendizagem. Monografia (especialização) - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação, Curso de Especialização em Gestão Educacional, EaD, RS, 2013. Manancial – Repositório Digital da UFSM. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/498/Koch_Marlene_Zimmermann.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 25 set. 2019.

LEITE, L. S. (coord.) et al. Tecnologia Educacional: Descubra suas possibilidades na sala de aula. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

Tecnologia na educação: Como garantir mais motivação em sala de aula? Disponível em: <https://www.somospar.com.br/tecnologia-na-educacao-e-motivacao-em-sala/>. Acesso em: 19 set. 2019.

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Volume/Edição

Autores

  • VICTOR, Larissa Silveira

Páginas

  • 1 a 10

Áreas do conhecimento

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Palavras chave

  • Tecnologia., TICs, aprendizagem

Dados da publicação

  • Data: 26/09/2019
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