Manifesto por uma Gestão em defesa do Escolar
Este texto propõe uma provocação inicial e provisória sobre a possibilidade de uma gestão da educação básica comprometida em defender e promover o escolar na produção da escola, enquanto instituição privilegiada de formação. Para tanto, penso este ato reflexivo em dois momentos: identificando minimamente o ideário neoliberal no contexto do discurso sobre a escola e, em seguida, problematizo o entendimento comum para operar com modos outros de pensar e fazer esta escola, onde o princípio da igualdade respeita a diferença inerente ao humano. Nosso referencial teórico tem como base, na interlocução com alguns textos do campo das políticas de inclusão (Lopes, 2009; Lockmann e Henning, 2010; Veiga-Neto, 2001; Lockmann, 2014), a obra Em defesa da Escola: uma questão pública (2017), de Jan Masschelein e Maarten Simons; há, também, uma tímida e recente inspiração foucaultiana no modo como penso algumas das questões que permeiam este escrito, reservando-me, neste momento, o direito de não comprometer-me conceitualmente, apenas inspirar.