30/11/2016

INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DO BALLET CLÁSSICO NA ANÁLISE POSTURAL E EQUILÍBRIO DE DEFICIENTES VISUAIS.

INFLUÊNCIA DA PRÁTICA DO BALLET CLÁSSICO NA ANÁLISE POSTURAL E EQUILÍBRIO DE DEFICIENTES VISUAIS.

 

SILVA, Aline J.; CAETANO, Everton J N.; SILVA, Ederson.; FURTADO, Guilherme I M.; SANTOS, Karina M.;

EL HAYEK Yasmin (Orientador).

ZUNTINI Ana Carolina (Co-orientadora).

CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO -UNIÍTALO

Contato: ederson_eds@hotmail.comguilhermemellofit@gmail.com jgtomm@yahoo.com.brkarinamartins1309@yahoo.com.br,  linejesus27@gmail.com,

                                                                                     

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi verificar a influencia do ballet clássico no equilíbrio e postura de mulheres deficientes visuais. Foi realizada uma pesquisa de campo com vinte mulheres, separadas em quatro grupos, bailarinas deficientes visuais, bailarinas videntes, deficientes visuais sedentárias e videntes sedentárias, utilizando o Teste do Avião, Teste de Alcance Funcional e o software SAPO para obter os resultados. Após as análises dos resultados, concluiu-se que o quanto a prática do ballet melhora o equilíbrio, já em relação a postura a complexidade dos movimentos demonstrou que o ballet não ajudou na postura da bailarinas deficientes visuais .

 

Palavras-chave: Deficientes visuais, postura, equilíbrio, ballet clássico

 

Abstract

 

The aim of the present study was to verify the influence of classical ballet on the balance and posture of visually impaired women. A field survey was performed with twenty women, separated into four groups, visually impaired dancers, sighted dancers, sedentary visually impaired and sedentary seers, using the Airplane Test, Functional Reach Test and the SAPO software to obtain the results.

After the analysis of the results, it was concluded that the ballet practice improves the balance, already in relation to the posture the complexity of the movements showed that the ballet did not help the posture of the visually impaired dancers.

 

Keywords: Visual deficient, posture, balance, classical ballet

 

Introdução

O objetivo do presente trabalho foi verificar a influencia do ballet clássico no equilíbrio e postura de mulheres deficientes visuais. Para isso foi realizada uma pesquisa de campo onde se comparou em quatro grupos o equilíbrio e alinhamento postural, sendo esses grupos divididos em grupo 1 - deficientes visuais bailarinas,  grupo 2 -deficientes visuais sedentárias,  grupo 3 - bailarinas videntes  e grupo 4 - videntes sedentárias.

O ballet é um instrumento valioso pois auxilia no equilíbrio e na postura, desenvolve habilidades de coordenação motora e consciência corporal.

Acredita-se que os deficientes visuais e os videntes praticantes de ballet, possuem um domínio e controle corporal maior em relação aos deficientes não praticantes.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil há cerca de 35.791.488 deficientes visuais, sendo esta a deficiência mais decorrente entre todas (IBGE, 2010).

A ausência da visão, reflete-se nos deficientes visuais com desvios posturais como; cifose, hiperlordose, tônus muscular aumentado na região peitoral e dorsal e principalmente pouca amplitude da coluna cervical e expressão facial sem vida, impedindo-os à conquista e o conhecimento do ambiente externo e aos seus estágios de desenvolvimento de aprendizagem (WALLON; MOSQUEIRA, 2000).

 

Revisão da Literatura

Ballet

Há diferenças entre a dança , segundo Bertoni (1992), a dança por si só, não se confunde com o ballet, sendo que este deriva da dança.  Segundo Bussell (1994), a dança é a mãe das artes.  Dessa forma, a dança constitui uma arte de se expressar, um elemento decisivo no desenvolvimento do homem. Atua como canal de manifestação, descoberta, adaptação, equilíbrio e entretenimento no seu contexto interno em relação ao seu contexto externo. Sendo assim a dança também apresenta contribuições quanto ao desenvolvimento psicológico, anatômico intelectual e social. É uma arte na qual o material é o próprio corpo. Movimento e ritmo estão intimamente ligados. Nasceram simultaneamente da mesma necessidade de expressão Bianchini (2004).

O ballet entre outras danças, é um recurso que visa desenvolver movimentos rítmicos, coordenação motora, melhoramento da postura, estimulando os proprioceptores, criando habilidades motrizes básicas e artísticas, podendo ser trabalhados diversos ritmos que apresentem variedades de movimentos de lateralidade, e a influência do equilíbrio corporal do deficiente visual buscando independência nos espaços sociais como ONG´S, Clubes, espaços fitness entre outros (FIGUEIREDO; TAVARES; VENANCIO, 1999; DAMÁSIO, 2000; SILVA, 2008; FALKENBACK, 2010; ALMEIDA, 2013).

Na prática da Educação Física, pode-se incluir o ballet como meio de intervenção para se alcançar os resultados desejados, os deficientes visuais podem apresentar uma melhora no domínio de suas capacidades físicas, cognitiva, intelectuais e emocionais, proporcionando sua auto independência e domínio do próprio corpo (MELO 2004).

Segundo Albright (1997) a relação da dança com a deficiência é um extraordinário campo, por meio do qual podem ser exploradas as construções sobrepostas da habilidade física do corpo.

Haggard (2006) cita que a dança estimula os sistemas proprioceptivos, que conectados ao sistema nervoso central e periférico, inseridos ao que os especialistas chamam de aquisição de movimentos, realizam os comandos da prática mental provocados pelo cérebro nas áreas responsáveis pelos movimentos.

Para suprir todas essas necessidades, aponta-se o ballet como uma ferramenta que propicia melhora na manutenção da boa postura, bem estar físico e psíquico aderindo mobilidades motrizes através das ações do corpo em movimento com a integração do sistema vestibular e proprioceptivos, utilizando-se como formas de organizações pelo sistema nervoso central, baseando-se entre o estímulo aferente e a resposta eferente, unindo-se de forma inteligente por meio da educação corporal cinestésica com assimilação dos sentidos (BANKOFF, 1996; DAMASIO, 2001).

Sendo a limitação do deficiente visual a percepção visual, precisa-se aguçar as percepções dos outros sentidos (tátil, auditivo, cinestésico), possibilitando ao mesmo, buscar novas formas de interação e exploração do/com o ambiente através do/pelo movimento ampliando suas capacidades multissensoriais para uma plena aprendizagem recorrendo aos seus sentidos não comprometidos, sendo os sentidos auditivos e táteis de grande relevância para os processos de acomodação, organização e reorganização das experiências ao longo da vida, auxiliando o controle postural e a manutenção do equilíbrio (CAZE. 2008).

Scarpato (2007) cita que, a dança é uma ferramenta que proporciona significavelmente a melhoria da consciência corporal, do condicionamento muscular, da resistência cardiovascular, da flexibilidade, do equilíbrio e da coordenação motora.

Postura

O controle postural é parte integrante do sistema de controle motor humano, produzindo estabilidade e condições para o movimento, definido por Cupss (1997), como a habilidade de assumir e manter a posição corporal desejada durante uma atividade seja ela estática ou dinâmica.

Sobre o sistema de controle postural, Frank e Earl (1990), afirmam que os ajustes para manter a postura ereta dependem de feedback sensorial (vestibular, visual, proprioceptivo e cutâneo) e estratégias associadas com movimentos voluntários. Para Teixeira et. al. (2007), mesmo com o sistema de controle postural já desenvolvido em adultos quando a informação visual é retirada tanto crianças quanto adultos apresentam aumentos na oscilação corporal, concluindo que a visão é uma informação importante mesmo para indivíduos jovens e normais praticantes de atividades físicas regulares.

Equilíbrio

Segundo Dantas (1986), o equilíbrio consiste na manutenção da projeção do centro de gravidade dentro da área da superfície de apoio. Segundo Tubino (1979), o equilíbrio pode ser, então, classificado em três tipos: estático, dinâmico e recuperado:

Equilíbrio estático: é o tipo de equilíbrio visualizado quando o corpo não está em movimento, ou seja, em repouso.

Equilíbrio dinâmico: é o equilíbrio realizado em movimento.

Equilíbrio recuperado: é a qualidade física que explica a recuperação do equilíbrio numa posição qualquer.

Os órgãos utilizados no equilíbrio têm origem no labirinto do ouvido interno, especificamente no utrículo e canais semicirculares. Por isso, o sucesso do equilíbrio está na posição e movimentos da cabeça. A sua manutenção é influenciada pelo aparelho de Golgi, órgãos sensoriais e receptores articulares, por uma compensação das tensões nervosas Fernandes (1981, p. 73).

Metodologia

Este trabalho é uma pesquisa de campo quantitativa com a intenção de avaliar bailarinas cegas e videntes  praticantes de ballet clássico, e pessoas cegas e videntes sedentárias para estabelecer um parâmetro de comparação. Utilizando protocolos de análise postural e de equilíbrio.

Serão utilizados nesse trabalho, os testes de Alcance funcional e Teste do Avião, que irão avaliar o equilíbrio dos indivíduos analisados e o sistema SAPO  que vai analisar a postura dos participantes.

Amostra

Foram avaliadas 20  indivíduos do sexo feminino, idades entre 20 e 50 anos, separadas em 4 grupos, sendo grupo 1:  deficientes visuais bailarinas, grupo 2: videntes bailarinas, grupo 3: deficientes visuais sedentárias e grupo 4: videntes sedentárias.

Teste do “Avião”

A Ginástica Artística (GA) é um esporte olímpico caracterizado pela prática sistemática de um conjunto de exercícios físicos em aparelhos, como argola, mesa de salto, barras, pararelas, traves, cavalo ou solo. Os movimentos dos (as) ginastas são extremamente elegantes e demonstram forca, agilidades, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle do corpo. Adaptamos o teste utilizado na ginástica artística, conhecido como teste do avião, posição de equilíbrio típica da trave, em que o ginasta mantém uma perna no chão e eleva a outra para trás, com os braços abertos. Exigindo força, flexibilidade e equilíbrio para a execução da posição “avião” . ( PUBLICO, 1998).

Teste de Alcance Funcional

Este teste foi proposto por Duncan e colaboradores (1990) como uma medida clínica da margem de estabilidade. Neste estudo, a autora verificou que o Teste de Alcance Funcional tem uma grande correlação (r=0,7) com as medidas de deslocamento do CP (Centro de pressão) na plataforma de força, por este motivo, mostra-se como um instrumento de medida mais acessível e confiável. Outros estudos reunidos por Lord, Sherrington e Menz (2001) reportam que Teste de Alcance Funcional é capaz de predizer quedas, correlaciona-se com as AVD’s e é sensível no diagnóstico de alterações após períodos de treinamento do equilíbrio, característica esta também reportada por Whitney, Poole & Cass (1998).

A confiabilidade de um teste refere-se à consistência das medidas obtidas em relação à variável que está sendo avaliada, e a validade refere-se ao quanto as medidas do teste se aproximam da variável que se quer medir (WHITNEY, POOLE & CASS, 1998).

Alcance funcional

O indivíduo permanecerá em pé com os pés afastados na largura dos ombros, com os ombros flexionados de forma a manter os braços a 90º graus do corpo. Sem movimentar os pés, pedimos ao indivíduo que alcance o máximo possível à frente sem perder o equilíbrio. A distância alcançada é comparada com valores pré-estabelecidos, onde o alcance esperado é de 15 cm no mínimo.  Esse teste é confiável e utilizado como preventivo para quedas em idosos, e foi adaptado para os grupos avaliados no presente estudo. Os materiais utilizados nesse teste foram: fita métrica, fita adesiva e régua.

O Alcance funcional será comparado ao valor pré- estabelecido de 15 cm. ( DUNCAN PW.  ET. AL. 23; 1990)

Teste avião

O indivíduo em pé, apoiado somente em um dos pés, estenderá o outro, paralelamente ao solo. O tronco flexionado, paralelo ao solo, seguirá o eixo do membro inferior que está elevado. Os membros superiores deverão estar abduzidos em 90 com o tronco, imitando a figura de um avião. Marca-se o tempo que o testado permanece nessa posição, mantendo-se em equilíbrio estável o teste foi realizado alternando entre a perna esquerda e perna direita.

Avaliação Postural

Será utilizado o programa SAPO (software para avaliação postural) para a mensuração dos resultados.

O Sistema aplicativo desktop SAPO é um projeto que visa disponibilizar uma ferramenta livre e de código aberto para procedimentos científicos de análise postural. (DUARTE M; FERREIRA E.A ; MALDONADO E.P; FREITAS A.Z. 2005)

Este protocolo de medidas será utilizado como padrão para avaliação postural que irá gerar os valores que farão parte do banco de dados de postura. Os participantes serão analisados por quatro vistas fotográficas diferentes: frontal anterior, lateral direita e lateral esquerdo. Para cada uma dessas vistas, foram analisados os seguintes pontos: Acrômio direito; Acrômio esquerdo; Epicôndilo lateral direito MMSS; Epicôndilo lateral esquerdo MMSS; Espinha ilíaca ântero-superior direita; Espinha ilíaca ântero-superior esquerda; Trocânter maior do fêmur direito; Trocânter maior do fêmur esquerdo; Epicôndilo lateral direito MMII; Epicôndilo lateral esquerdo MMII; Linha articular do joelho direito; Linha articular do joelho esquerdo; Tuberosidade da tíbia direita; Tuberosidade da tíbia esquerda; Maléolo lateral direito; Maléolo lateral esquerdo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Teste Avaliação Postural

Vista Anterior

Tabela 1

Grupo 1

BAILARINAS CEGAS

     

Alin. H  Acromio

Alin. H  da Espinha Iliaca

Alin. H  Tube. Da Tibia 

Resultado

Participantes

-3,2

2,7

5,8

3,2

Veronica

2,1

3,2

4,2

3,2

Aldenice

0,9

3

5,9

3

Gisele

1,9

-1,2

5,1

1,9

Geyza

3

-3,4

4,6

3,4

Anna

Resultado Final 

   

3,2

 

 

 

 

Tabela 2

Grupo 2

CEGAS SEDENTARIAS

     

Alin. H  Acromio

Alin. H  da Espinha Iliaca

Alin. H  Tube. Da Tibia 

Resultado

Participantes

1,1

1

5,7

1,1

Aldenir

-1,8

0

4,9

1,8

Mariane

0,5

-3,7

4,2

3,7

Thalita

1

-2,4

5,2

2,4

Fabiana

1,3

1,4

5,9

1,4

Margareth

Resultado Final 

   

1,8

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 3

Grupo 3

BAILARINAS VIDENTES

     

Alin. H  Acromio

Alin. H  da Espinha Iliaca

Alin. H  Tube. Da Tibia 

Resultado

Participantes

-1,8

1,1

-5,8

1,8

Bianca

1,5

-1,2

4,8

1,5

Lolla

0,5

2,5

2

2

Naisi

1,4

0,6

-0,8

0,8

Jessica

1,3

1,1

1

1,1

Jussara

Resultado Final 

   

1,5

 

 

Tabela 4

Grupo 4

VIDENTES SEDENTARIAS

     

Alin. H  Acromio

Alin. H  da Espinha Iliaca

Alin. H  Tube. Da Tibia 

Resultado

 

2

-4,5

-4,4

4,4

Aline

1,9

1,1

-4

1,9

Karina

1,8

-2

3,2

2

Tatiana

1,6

1,2

-3,1

1,6

Glaucia

-1,5

2

3,8

2

Mirian

Resultado Final 

   

2

 

 

Comparando o grupo de bailarinas e sedentárias deficientes visuais, chegamos a concepção de que a prática do ballet não ajudou na correção da postura , piorando a mesma.

A comparação entre as bailarinas deficientes visuais e as bailarinas videntes, nos mostra que a visão é um recurso significativo e que deve ser levado em consideração, pois demonstra que a falta da visão atrapalha na aquisição da postura, sendo assim a pratica do ballet não auxilio na melhor postura das deficientes visuais por não ter o recurso da visão.

Feita a comparação entre os videntes praticantes e os sedentários, é perceptível que o ballet auxiliou na aquisição de uma postura melhor.

Segundo Cupss (1997), o controle postural é parte integrante do sistema de controle motor humano, produzindo estabilidade e condições para o movimento, definido por como a habilidade de assumir e manter a posição corporal desejada durante uma atividade seja ela estática ou dinâmica.

Em virtude da pouca movimentação, a pessoa com perda visual pode mostrar-se tensa e insegura em relação aos movimentos do corpo e ao ambiente, prejudicando a formação de reações de equilíbrio e deslocamento no espaço. (BRUNO,1993 apud VALLA, 2006).

Evidentemente, citando Schafle (1996), a dança na ponta dos pés está associada a um conjunto de problemas e lesões por excesso de uso.

Para Sampaio (1996), certas tendências e deformações imperceptíveis inicialmente podem se agravar, como problemas de coluna, observados nas posturas quase sempre erradas.

Segundo Schafle (1996), o trabalho na ponta dos pés, faz com que os dois primeiros metatarsos suportem a maior parte do peso corporal.

Vista Lateral Direita

Tabela 5

Grupo 1

BAILARINAS CEGAS

     

Alin. V. do Tronco 

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

0,8

-7,1

4,6

4,6

Veronica

1,2

3,1

4,8

3,1

Aldenice

-1,1

4,2

-4,3

4,2

Gisele

1,4

4,8

-3,9

3,9

Geyza

-3

4,3

2,5

3

Anna

Resultado Final

   

3,9

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tabela 6

Grupo 2

CEGAS SEDENTARIAS

     

Alin. V. do Tronco 

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

-4,9

4,4

-5,8

4,9

Aldenir

-0,8

2,3

-3,1

2,3

Mariane

4,7

5,7

11

5,7

Thalita

2,3

2,4

4,3

2,4

Fabiana

-3,5

4,1

-4,8

4,1

Margareth

Resultado Final

   

4,1

 

 

Tabela 7

Grupo 3

BAILARINAS VIDENTES

     

Alin. V. do Tronco 

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

-1,4

2,4

3,8

2,4

Bianca

-5,2

-2,5

1,2

2,5

Lolla

-4,3

0,4

2,5

2,5

Naisi

-2,6

1,8

4,6

2,6

Jessica

-2,4

-1,5

3,5

2,4

Jussara

Resultado Final

   

2,5

 

 

Tabela 8

Grupo 4

VIDENTES SEDENTARIAS

     

Alin. V. do Tronco 

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

-1,3

2

-12,5

2

Aline

-1,1

2

-11,1

2

Karina

-2,5

2,6

9

2,6

Tatiana

-1

3,1

9,8

3,1

Glaucia

2,1

2,2

10,2

2,2

Mirian

Resultado Final

   

2,2

 

 

Vista Esquerda

Tabela 9

Grupo 1

BAILARINAS CEGAS

     

Alin. V. do Tronco

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

0,3

3,6

-5,3

3,6

Veronica

2,2

3,9

5,3

3,9

Aldenice

-2,6

2,2

3,6

2,6

Gisele

-6,1

2,1

-3,3

3,3

Geyza

-1,3

3,5

-1,8

1,8

Anna

Resultado Final

   

3,3

 

 

 

Tabela 10

Grupo 2

CEGAS SEDENTARIAS

     

Alin. V. do Tronco

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

-5,7

2

-7,7

5,7

Aldenir

-1,3

3,1

-5,2

3,1

Mariane

6,6

3,1

6,1

3,1

Thalita

3,6

1,5

-2,4

2,4

Fabiana

-4,6

1,2

-4,8

4,6

Margareth

Resultado Final

   

3,1

 

 

 

Tabela 11

Grupo 3

BAILARINAS VIDENTES

     

Alin. V. do Tronco

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

-5

0,4

1,6

1,6

Bianca

-6,4

-2,5

1,3

2,5

Lolla

0,5

5

5,1

5

Naisi

1,1

5,8

7,9

5,8

Jessica

1

4,1

4,9

4,1

Jussara

Resultado Final

   

4,1

 

 

 

Tabela 12

Grupo 4

VIDENTES SEDENTARIAS

     

Alin. V. do Tronco

Alin. V. do Corpo 

Ângulo do Joelho

Resultado

 

1,2

0,8

-13,4

1,2

Aline

1,1

0,5

-12

1,1

Karina

1,9

1

-11

1,9

Tatiana

2

1,1

10,1

2

Glaucia

1,5

1,9

13,3

1,9

Mirian

Resultado Final

   

1,9

 

 

Analisando a vista lateral pode se observar que a perna frequentemente utilizada como base de apoio das bailarinas videntes influencia na postura, tornando assim desigual em comparação  a base  (perna) menos utilizado.

Segundo Kadel et al. (1992), a formação de uma bailarina clássica inicia precocemente, pois é necessário desenvolver amplamente habilidades físicas como força, amplitude articular, flexibilidade, resistência, coordenação, velocidade e equilíbrio para uma performance adequada. Além dos fatores citados anteriormente, a repetividade característica da dança clássica leva à demasiada sobrecarga nos membros inferiores, causando desequilíbrios entre os grupos musculares, alterando a biomecânica do sistema músculo esquelético ligamentar, comprometendo, assim, sua função, e aumentando sua predisposição para lesões.

Teste do alcance funcional

Tabela 13

 

Média

Mediana

Mínimo

Máximo

Deficientes Visuais bailarinas

34,20

34,00

27,00

40,00

Deficientes Visuais Sedentárias

28,27

28,00

22,00

34,00

Videntes bailarinas

35,27

36,00

25,00

41,00

Videntes sedentárias

28,47

29,00

25,00

32,00

 

Através dos dados obtidos no teste do alcance funcional, foi possível observar que o sedentarismo influência de maneira significativa mais no equilíbrio do que a cegueira, uma vez que os deficientes visuais já estão provavelmente adaptadas a essa condição. É perceptível que a pratica do  ballet ajuda muito no equilíbrio.

Segundo Masini (1996), a dança possui ferramentas que contribuem para o desenvolvimento de habilidades motoras, de orientação, de mobilidade, da consciência corporal do cego, preparando-o para o enfrentamento de limitações e desafios impostos pela cegueira e ainda ajudar na aquisição de novas habilidades.

Teste do “Avião”

Tabela 14

Deficientes Visuais bailarinas

 Perna Esquerda

 Perna Direita

MEDIA DO GRUPO

 19,10

 18,17

Mínimo

 5,74

 8,53

Máximo

 39,19

 41,24

     

Tabela 15

   

Videntes bailarinas

 Perna Esquerda

 Perna Direita

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Volume/Edição

Autores

  • Ederson Santos da Silva

Páginas

  • a

Áreas do conhecimento

  • Nenhuma cadastrada

Palavras chave

  • Deficientes visuais, postura, equilíbrio, ballet clássico

Dados da publicação

  • Data: 30/11/2016
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