14/12/2016

Esporte Como Meio De Formação De Cidadania: Dentro De Projetos Sociais

Esporte Como Meio De Formação De Cidadania:

Dentro De Projetos Sociais

 

Ane Caroline da Silva oliveira, Bruno dos Santos Borges da Silva, Lucas Machado Lima, Pedrilson da Silva Macedo, Eduardo Okuhara Arruda.

 

 

Esporte Como Meio de Formação de Cidadania:

Dentro de Projetos Sociais

 

OLIVERIA, A.C.S1; SILVA, B.S.B1; LIMA, L.M1; MACEDO, P.S1; ARRUDA, E.O2.

 1 Discentes do Curso de Educação Física – UniÍtalo

Orientador, Doutorando em Educação no programa de Pós-graduação da UMESP. Mestre em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP (2006), área de concentração: Pedagogia do Movimento, Corporeidade e Lazer (Orientador: Prof. Dr. Wagner Wey Moreira). Atualmente é docente no curso de Educação Física da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e do Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UNIITALO). Coordenador e Professor de Capoeira do Projeto Capoeirando na Metô (Capoeira para pessoas com Síndrome de Down). Docente do Núcleo de Formação Cidadã da UMESP da Eletiva presencial: Capoeira: Corpo, Expressão e Liberdade, Eletiva EAD: Capoeira: Aspectos sócio históricos, culturais e cidadania. Professor de Capoeira do Instituto Padre Leo Commissari e Membro do Grupo de Estudos da Fenomenologia das fases da vida da PPGE-UMESP. Membro do conselho editorial da Revista de Educação Física REBESCOLAR. Temas de interesse e atuação profissional: Educação, Educação Física Escolar, Políticas Públicas, Cultura Afro-brasileira, Capoeira, Sustentabilidade e Fenomenologia.

 

 

ESPORTE COMO MEIO DE FORMAÇÃO DE CIDADANIA:

DENTRO DE PROJETOS SOCIAIS

RESUMO

O objetivo desse projeto é explicar qual a importância do esporte na inclusão social, formação do cidadão e na construção de valores. Buscando referencias que indiquem se o esporte realmente pode fazer a diferença na vida de uma criança, jovem ou adulto. E através dessa problemática, compreender qual a relação do projeto Vida Corrida, na inclusão social e formação do cidadão, ou se esse papel cabe somente à escola. Buscou-se entender qual a relação/importância do esporte na construção da cidadania e inclusão social, e se realmente existe essa relação.

Palavras-chave: Formação de cidadania, Esporte, Inclusão social, Escola, Lazer.

ABSTRACT

            The purpose of this project is to explain the importance of sport in social inclusion, citizen training and in the construction of values. Looking for references that indicate if the sport really can make a difference in the life of a child, young person or adult. And through this problematic, to understand the relation of the Vida Corrida project, in the social inclusion and formation of the citizen, or if this role belongs only to the school. We sought to understand the relationship / importance of sport in the construction of citizenship and social inclusion, and whether this relationship really exists.


Key words: Citizenship training, Sport, Social inclusion, School, Leisure.

 

 

INTRODUÇÃO

O tema que aqui esta sendo apresentado é “Esporte como meio para a formação da cidadania”. Onde o principal agente dessa construção é a pratica do esporte dentro ou fora do âmbito escolar.

É comum nos dias atuais a quantidade de projetos públicos ou privados que são criados com o intuito de interferir na vida das crianças, jovens e adultos que se encontram muita das vezes em situação de risco.

 Foi produzido um documentário dentro de projeto social Vida Corrida, que através da corrida de rua busca construir valores ou resgata-los através do esporte. Nesse documentário mostraremos que a formação do cidadão não é feita apenas dentro da escola, e que um projeto social também constrói valores morais e éticos.

Com isso o objetivo desse trabalho é mostrar também de forma escrita à importância que o esporte tem no sentido de fazer a diferença na vida de um ser humano crianças, jovens ou adultos, através do esporte podemos identificar uma melhora na vivencia da inclusão social na formação do cidadão e também na construção dos seus valores.

FORMAÇÃO DE CIDADANIA DENTRO DA ESCOLA

            Já não é de hoje que se ouve falar da formação integral na Educação Física, mas para atingi-la não basta somar atividades intelectuais às físicas e artísticas, é preciso integrá-las. As recentes abordagens da Educação física escolar têm este ponto em comum: propõem à integração entre as dimensões corporais, cognitivas e afetivo-sociais, buscando, cada uma o seu modo, com maior ou menor facilidade, fundamentá-las e operacionalizá-la no processo de ensino e aprendizagem. (BETTI, 1999, p. 87).

Se falamos em aprendizagem de esporte, a mesma coisa. Se o professor quer ensinar basquetebol, é preciso ensinar as habilidades especificas da modalidade, mas que precisam estar integradas Às dimensões afetiva (é preciso aprender a gostar do basquetebol), cognitiva (por exemplo, compreender as regras como algo que torna o jogo possível, a organização e as possibilidades de acesso ao esporte em nosso meio) e social (aprender a organizar-se em grupos para jogar o basquetebol). (BETTI, 1999, p. 87).

Assim, que poderemos desenvolver nas crianças e jovens as capacidades necessárias para a reivindicação e o exercício dos direitos de segunda geração, aqueles, recordamos, que garantem o acesso aos meios de bem estar social, em espacial o direito ao lazer no campo dos interesses físicos, e de uma maneira crítica e criativa não conformista, como diria Marcelino (1995). Esta poderia ser a contribuição específica da Educação Física para a construção da cidadania crítica, democrática e particular. (BETTI, 1999, p. 88).

Compreende-se que o esporte trabalha vários aspectos no individuo como, a parte cognitiva, afetiva e social. Entende-se também que a educação física tem um peso muito importante na formação da cidadania dentro da escola.

O esporte funciona com auto e heteroseleção. É excludente por ficar apenas com os melhores. Contudo, este tipo de saída, por seleção, é significativamente distinto do abandono porque o programa não faz o que devia: tentar desenvolver as habilidades e competências esportivas por se dedicar a outros objetivos. Observa-se que o próprio Ministério dos Esportes ao mesmo tempo em que apoia programas de inclusão social e construção de valores pelo esporte e pelo lazer, promove a seleção de talentos e a bolsa esporte. (VIANNA; LOVISOLO, 2011, p. 289).

 

     Partindo da afirmação do autor, o esporte dentro da escola pode ser visto de forma errada, quando os objetivos dele não são trabalhados da forma correta.

    O movimento de crítica ao ensino de esportes na escola surgiu a partir da década de oitenta, com crítica à aprendizagem técnica ou de aprofundamento dos conhecimentos e habilidades dos fundamentos dos esportes na educação física escolar, parece ter contribuído para a desvalorização da aprendizagem dos fundamentos ou técnicas corporais na área. A aprendizagem dos fundamentos e técnicas do esporte passou a ser vista como um processo tecnicista e desumano e a pratica de esportes como instrumento de alienação ou anestesia social, indicada como instrumento de adaptação e controle social (CASTELANE FILHO, 1983; BRACHT, 1986; GUIRALDELLI JUNIOR, 1988).

    Em um estudo com professores de Educação Física, de projetos sociais Lovisolo e Vianna (2011, p.289), observaram que:

Ao serem questionados sobre os benefícios da prática de esportes em sua própria vida, os professores apontaram a melhoria da performance, o desenvolvimento motor, a possibilidade de formação profissional e a melhoria de rendimentos que aparecem em 20,7% das indicações, mesmo percentual dos benefícios a saúde e a qualidade de vida. A ampliação das redes de amizade e a socialização vêm a seguir com 18,9%. Benefícios ligados a qualidades pessoais tais como superação, autocontrole, autoconfiança e autonomia surgem em 15,1% das indicações, seguidos por compromisso, respeito, responsabilidade e disciplina – 13,2%.

Apenas um dos professores afirmou que a pratica de esporte não traz benefícios aos alunos. Os demais professores acreditam que a prática de esportes nos projetos sociais PIS contribui na formação dos alunos possibilitando principalmente melhoria na qualidade de vida e na saúde – 31,3%, a inclusão social e socialização – 18,8% e a disciplina, o respeito e a responsabilidade – 12,5%. Contribuição na aprendizagem escolar, oportunidade de lazer, desenvolvimento de ética, da perseverança e do senso crítico também foram apontados como benefícios que podem ser adquiridos através da prática. Observe-se que, em termos de formação moral, velhos e novos objetivos da promoção e ensino do esporte são entremeados. A relação tradicional entre prática do esporte e a saúde encabeça a lista.

A “inclusão social” ocupa um segundo lugar e é enunciada junto com a “socialização”. O significado de “socialização” não fica claro e pode tanto ser puxado na direção dos velhos valores (disciplina, respeito, responsabilidade, perseverança e conduta ética) quanto de valores novos ou emancipadores (senso crítico). Ou, interpretação alternativa, velhos e novos valores se misturam nos supostos benefícios da prática esportiva e, mais ainda, eles não são vistos nem como contraditórios nem como não conciliáveis. (VIANNA; LOVISOLO, 2011, p. 292, 293 e 289, grifo nosso).

    O esporte aparece como atividade alternativa dominante à rua nos horários após a escola. O suposto é que as crianças e jovens gostam do esporte e que, portanto, participam dos projetos sociais. Lovisolo (1995a) argumenta que um dos pilares da eficácia da educação, e do modo geral da intervenção orientada por valores sociais, demanda acordos em termos de valores. (VIANNA; LOVISOLO, 2011, p. 286).

A crítica à utilização dos esportes como instrumento de inclusão encontra-se disseminada em setores do meio acadêmico, em particular nos cursos de formação de educação física, com a difusão da ideia de que esporte é um mal em si, sendo impossível a sua utilização para a autonomia e emancipação dos membros das camadas populares. Mas ainda, o esporte por essência seria excludente por selecionar os melhores. Contraria a esta perspectiva, ainda encontramos as crenças nos benefícios dos esportes para a melhoria da qualidade de vida dos participantes ou para a formação social dos mesmos (GAYA, 2009; STIGGER, 2009; VAZ, 2009). (VIANNA; LOVISOLO, 2011, p. 287).

Benefícios ligados a qualidades pessoais tais como superação, autocontrole, autoconfiança e autonomia surgem em 15,1% das indicações, seguidos por compromisso, respeito, responsabilidade e disciplina – 13,2%. (VIANNA; LOVISOLO, 2011, p. 289).

    Vianna e Lovisolo (2011, p. 290), afirmam que o esporte além de ajudar no desenvolvimento das habilidades, rendimento, saúde e qualidade de vida, ajuda a   desenvolver laços de amizade, socialização, compromisso, respeito e alto confiança.

    Conforme Coutinho (2014), a educação que uma criança recebe em seus primeiros anos, é levada por toda vida, o esporte é essencial para o crescimento das crianças, reduz o preconceito, ajuda no convívio familiar, escolar, melhora da autoestima e ajuda como uma forma de inclusão social. Cita que quando um jovem não tem nada para fazer depois da escola, representa uma porta aberta para caminhos errados, e projetos de inclusão sociais através do esporte, é um excelente caminho para ocupação da mente e desenvolvimento do corpo, evitando que esse jovem tenha convívio com pessoas que fazem parte da criminalidade. O esporte só não ajuda no benefício da saúde e físico, ajuda na inclusão social e o desenvolvimento do cidadão de maneira geral.

FORMAÇÃO DE CIDADANIA FORA DO ÂMBITO ESCOLAR

    Constantemente sabemos de programas de esporte, públicos ou privados, que estão contribuindo para o resgate da cidadania de crianças, jovens, adultos, idosos, portadores de necessidades especiais, jovens em conflito com a lei. Ou ainda ações solidárias que devolvem a cidadania a grupos sociais que em algum momento de sua vida a perderam. Qualquer ação que tire os jovens da rua é resgate de cidadania. Qualquer ação solidária, como filantropia empresarial, ação caridosa de uma Igreja, ou mesmo as novas políticas esportivas; tudo em nome da promoção de cidadania (MELLO, 2004 p.1).

   Entende-se com isso que, qualquer ação social que interfira na vida do indivíduo é capaz de construir ou reconstruir a sua cidadania.

    Segundo Melo (2004), o programa de inclusão social a partir do esporte contribui para o resgate da cidadania de crianças, jovens, adultos, idosos, portadores de necessidade especiais.

    Melo (2004), cita que dessas políticas esportivas, debateremos as possíveis relações entre cidadania, esporte e lazer, e seus desdobramentos em programas públicos e/ou privados de esporte.

Sobre cidadania

    “Podemos dizer que o termo cidadania está na moda. Diversos exemplos da incorporação do termo ao cotidiano se apresentam. Não é raro sabermos de programas, ações, projetos que se arvoram promotores da cidadania”. (MELO, 2004, P. 107).

    Segundo Melo (2004, p. 107), “Diante disso, é urgente e necessário debater tal conceito recuperando sua vinculação com as lutas dos trabalhadores e movimentos contestatórios no âmbito do capitalismo, e com isso, compreender os diferentes projetos de sociedade presentes nas ditas ações cidadãs”.

Assim, consideramos a cidadania não como algo outorgada definitivamente, mas sim fruto de uma luta permanente, sobretudo das classes trabalhadoras visando à incorporação de direitos, em processos históricos de longa duração. Estamos falando da capacidade conquistada por todos os indivíduos e grupos sociais de disporem dos bens socialmente produzidos, possibilitando uma vida onde o acesso às criações artísticas, científicas, do plano da subsistência material não seja privado a pequenos grupos. Um regime democrático precisa contemplar todos os chamados direitos de cidadania (Coutinho, 2000).

Como lembra Arantes (2000, p. 03), tudo vira luta por cidadania, incorporação de direitos, fortalecimento da sociedade civil, espaços de interação, compromisso e participação cidadã. Atentar para um “mimetismo terminológico” que confunde e educa para um perigoso consenso incapaz de compreender os diferentes projetos de sociedade expressos sob uma aparente homogeneidade terminológica é relevante sob pena de sermos envolvidos nessa onda. (MELO, 2004, P. 111).

Esportes, Lazer e Nova Cidadania

Diferente de outras épocas, hoje é quase senso comum acadêmico a noção de que políticas esportivas e as aulas de Educação Física escolar que objetivem a formação de novos talentos, pautadas nos códigos do esporte de rendimento, representam um grande retrocesso. Isto se relaciona com o projeto esportivo e já amplamente criticado no âmbito da Educação Física. E na busca de novos paradigmas para legitimar tais ações, atrela-se no discurso a relação entre Educação Física, lazer, esporte e cidadania. A despeito de exceções pontuais, em geral pouco se fala em descobrir novos campeões. Não mais formar atletas, e sim formar cidadãos. (MELO, 2004, P. 111).

Tais processos possibilitam ampliar a luta política, divulgando concepções de mundo e projetos de sociedade através do que Gramsci (2001) chamou de aparelhos privados de hegemonia, ou organismos de adesão voluntária que estão na sociedade civil, atuando como intelectuais coletivos de cada classe. Isso implica em considerar, que a burguesia, em suas mais variadas frações, também se organiza na sociedade civil, através de seus partidos, movimentos sociais, organismos de classe, mídia, objetivando difundir seu projeto de sociabilidade. (MELO, 2004, P. 111).

    “Objetivando discutir o que seria uma Educação Física cidadã, Betti apresenta três princípios para o debate: os princípios da inclusão, da alteridade e da formação e informações plenas (p. 86- 87).” (MELO 2004, p. 113).

Por fim, quanto à formação e informação plena, acertadamente Betti (1999, p. 88) cobra por mais especificação de um discurso comum na área: que a Educação Física promove a “formação integral dos educados”, por aliar as dimensões físicas e intelectuais, além de afetivas. Explicitando como tal formação integral pode acontecer, termina dizendo serem essas as “contribuições da Educação Física para a construção da cidadania, crítica democrática e participativa”. (MELO 2004, p. 113).

    Melo (2004, p. 113), declara que a partir destes três princípios, podemos notar certa aproximação da condição de cidadão à condição de aluno, ou seja, a Educação Física cidadã seria aquela que acontece na Escola. Fora da Escola, cita que a Educação Física com os esportes contribuir nesse processo de ampliação da cidadania.

    Arroyo (2001, p.276, grifo nosso) aponta que algumas vezes sofremos de um processo de escolacentrismo, sem com isso relacionar a Escola com a totalidade da dinâmica da sociedade. Isso não implica em desmerecer ou mesmo desqualificar o papel da escola em nossos dias, apenas alertar para o fato de que o processo de formação de sujeitos, de cidadãos é um processo que passa pela escolarização, mas não se esgota nela, e que a construção de sujeitos sociais, cidadãos, sujeitos humanos é algo muito mais complexo e que a escola é, às vezes, uma gota d’água nessa complexidade. E não quer dizer que esta gota d’água não seja fundamental.

    Entende-se com isso que, a escola tem um papel fundamental na formação do cidadão, porem não é a única responsável por isso, e conforme cita Arroyo (2001, p.276) é uma gota d’água nessa complexidade.

Por isso, as relevantes considerações de Betti apresentam limites quando aborda a relação Educação Física e cidadania, por não problematizar o modismo da cidadania em nosso tempo, algo muito próximo das políticas de esporte, em geral fora da escola, embora nesta também. Não obstante, ao abordar tal questão a partir das relações professor-aluno, no caso do princípio da alteridade, ou a partir dos objetivos da Educação Física na escola, no caso do princípio da formação e informação plena, bem como pelo binômio inclusão e exclusão a partir das aulas de Educação Física, Betti opta por fazer tal debate apenas no plano micro, ou seja, no âmbito da prática pedagógica no chão da Escola. Longe de desconsiderar a priori a relevância deste debate, pensamos que abstrair o debate da cidadania dos projetos de sociedade das classes em luta, isto não significa que as práticas pedagógicas cotidianas dos docentes nas escolas e fora delas não se pautem em projetos de sociedade, mesmo quando não estão claros para os envolvidos, implica em não questionar as próprias bases que geram as barreiras para a efetivação do que Betti chamou de Educação Física cidadã. Aliás, fica a pergunta se é possível haver uma Educação Física cidadã num mundo onde o exercício da cidadania seja restrito a poucos. (MELO, 2004, P. 114).

 

    ‘‘Seja em programas de televisão, em propagandas na grande mídia ou mesmo com a produção de cadernos informativos sobre as novas ações cidadãs a partir do esporte, têm obtido grande destaque na sociedade. ’’ (MELO, 2004, p. 114).

Nesta linha, pensamos que o exercício da cidadania passa pela vivência do lazer, mas não se limita a ele. E sendo, como a própria autora aponta o lazer um tempo/ espaço de reflexão relativo a normas e valores que fundam a sociabilidade na sociedade em que estamos inseridos, possibilitando reorganizar criticamente a estrutura social, em seu interior também podem ser dar vivências lúdicas que objetivam a não reflexão ou mesmo a legitimação/naturalização dos valores e normas que regem a sociedade. Por isso, as vivências do lazer, e dos esportes, podem relacionar-se não com um projeto de sociedade democrático, mas sim com a manutenção do atual estados de coisas. (MELO, 2004, P. 114).

Partindo de um consenso na sociedade que a prática esportiva carrega em si elementos positivos para formação das novas gerações, um grande movimento de promoção dessas políticas esportivas de ex-atletas e/ou do grande capital se apresenta como os redentores sociais com a difícil tarefa de “resgatar a cidadania” de jovens e crianças. Estamos diante dos chamados projetos sociais, geralmente localizados em bairros pobres e violentos, que muitas vezes se apresentam como a única possibilidade de acesso para muitos jovens. Talvez por isso, goze de maior prestígio social, indicando uma prática que contribua para as novas gerações. (MELO, 2004, P. 116).

    Para Melo (2004), os esportes e as artes possibilitam novas formas de relação com o mundo, sendo manifestações para melhorias das condições gerais de vida a parti de projetos sociais. Cita que partir de projetos sociais é garantidor cidadania.

    De acordo com Melo, (2004), a prática esportiva carrega em si elementos positivos para formação das novas gerações, uns grandes movimentos de promoção dessas políticas esportivas do grande capital se apresentam como os redentores sociais com a difícil tarefa de resgatar a cidadania de jovens e crianças.

    Entende-se assim que é possível trabalhar atos cidadãs dentro ou fora de um âmbito escolar, em lugares públicos ou privados por meio da Educação Física, sendo o esporte esse grande agente facilitador. As novas políticas esportivas sejam públicas ou privadas, e suas vinculações com a dita promoção da cidadania têm notado um grande incremento tanto no número de programas quanto na divulgação dos mesmos na sociedade. Seja em programas de televisão, em propagandas na grande mídia ou mesmo com a produção de cadernos informativos sobre as novas ações cidadãs a partir do esporte, têm obtido grande destaque na sociedade. Sem desconsiderar a importância do lazer na vida em sociedade, considerando que a condição individual e social de ser cidadão passa pelo acesso e permanência a várias formas de vivenciar este lazer, pensamos ser no mínimo apressado afirmar que vivência do lazer pode ser compreendida como o próprio exercício da cidadania (LINHARES, 1999, p.27).

    Compreende-se que o exercício da cidadania passa assim pela vivencia do lazer, mas que não se limita a ele. Diversos exemplos dessa nova concepção que reúne esporte e cidadania se apresentam. O popular de Fundações de esportistas, empresariais, de ONGs se insere no bojo das estratégias de consolidação do chamado terceiro setor, e o Projeto Vida Corrida se enquadra nesse meio (MELLO, 2004 p.115).

    A prática esportiva carrega em si elementos positivos para formação das novas gerações, um grande movimento de promoção dessas políticas esportivas do grande capital se apresenta como os redentores sociais com a difícil tarefa de resgatar a cidadania de jovens e crianças. Talvez por isso, goze de maior prestígio social, indicando uma prática que contribua para as novas gerações. Curiosamente apresentam-se para resgatar a cidadania de jovens, crianças e adultos, principalmente nos bairros pobres. Contudo, cabe a problematização: como resgatar algo que jamais existiu? Talvez caiba conquistar, inventar e resgatar algo que jamais houve, pois o individuo pode ter seus valores reconstruídos através dos projetos sociais (MELLO, 2004 p.116).

    Com um avanço da pobreza e uma maior visibilidade da violência urbana credita-se ao esporte o papel de redentor da juventude pobre. Além disso, também a tarefa de controlar os impulsos e promover uma sociabilidade civilizada. Isso fica claro quando Gonçalves aponta que:

 

As tentativas de desenvolvimento de um ‘etos civilizador’ que afaste o jovem dessa realidade hostil, permitindo a implementação de práticas sociais que propiciem uma sociabilidade afirmativa e ampliem as possibilidades de participação desse jovem na sociedade, contribuem para a construção de uma cidadania plena, garantindo assim a saúde da coletividade” (GONÇALVES 2003, p. 53).

 

    Não é difícil ouvir assertivas de que o jovem que pratica esporte não se envolve com drogas; ou argumentos mais conservadores no que tange ao tempo livre, como sendo estes a raiz de todos os males e problemas da juventude, não tem tempo de pensar besteira, não fica fazendo o que não deve na rua, pois mente vazia oficina do diabo. (MELLO, 2004 P.117)

    Por trás de argumentações como estas, estão presentes componentes que há muito marcam algumas iniciativas que atendem os jovens pobres. Percebemos claramente a posição de que o jovem se envolveria com o crime por não ter outras coisas a fazer, indicando uma suposta linearidade entre falta de opções de lazer com o ingresso no mundo do crime, além de estabelecer uma espécie de relação causa/consequência. Assim, o esporte seria o “antídoto” perfeito para coibir tais práticas, uma espécie de analgésico social, sempre numa perspectiva conservadora de controle social. Programas de esporte, per si, não darão conta da resolução de todos os problemas sociais. Aliás, o esporte não pode ser tratado como a solução de problemas que requerem ações de ordem políticas muito mais incisivas do que simplesmente a criação de programas esportivos (MELLO 2004, p.119).

    Isso fica claro quando Gonçalves (2003,p. 143), que passa grande parte de seu trabalho sem posicionar-se acerca das declarações nesse sentido, aponta que com o aumento da criminalidade, da violência, junto á crise econômica, que atinge de maneira drástica os jovens, sobretudo pobres. Concebemos o acesso e a permanência a práticas corporais como dimensão da cidadania, por relacionar-se com a tarefa de socialização da produção humana e não com a apropriação privada ou por pequenos grupos da produção de riquezas, seja material ou cultural. A Educação Física e os esportes se inserem no campo dos bens culturais, indispensáveis à condição de ser cidadão, embora só esses não sejam suficientes.

 PROJETOS SOCIAIS ESPORTIVOS E SEUS ASPECTOS

    O número e projetos sociais promovidos por órgãos públicos, instituições privadas e organizações não-governamentais (ONGs) aumentaram significativamente em todo o país ganhando visibilidade na mídia e na sociedade (Zaluar, 1994; Mello 2004, 2005, 2007;  Barbirato e Guedes 2005).

    Segundo Castro e Souza (2011) tudo isso para que as crianças não fiquem entregues a si mesmas nas ruas, pois Zaluar 1994 aponta que “tirar a criança da rua tornou-se um lema de problema nacional”. A partir do momento que eu viso para esse lado junto com a ideia do autor, manifesto uma preocupação para a vida dessas crianças.

    Castro e Souza (2011) afirmam que “profissionais em outros projetos sociais também percebem os mesmos como espaços que ocupam o tempo ocioso e protegem contra males das ruas, tais como, mas companhias, drogas e criminalidade”.   

Segundo Castro e Souza (2011) Embora muitos considerem o esporte como intrinsecamente positivo, ele deve ser entendido no contexto das relações sociais (BARBIRATO, 2005). São as relações sociais em um determinado contexto que dão significados ao mesmo, e não o inverso (THOMASSIM; STIGGER, 2009).

 

    Isto não significa dizer que o esporte não deva e não possa ser entendido como uma ferramenta educativa. Significa dizer que embora ele tenha alguns elementos que o caracterizam como tal, "esta atividade é praticada por indivíduos que dão a cada um destes elementos um peso na constituição da sua prática esportiva particular" (STIGGER, 2002, p. 250).

    Frente ao constante evocar da dimensão cidadã desses projetos esportivos, debateremos as possíveis relações entre cidadania, esporte inclusão social e lazer, e seus desdobramentos em programas públicos e privados de esporte (MELLO, 2004 p.107).

 O PROJETO

    Mudança social com os pés e o coração – A Associação de Moradores Adventista da Cohab, tem como lema a mudança social com os pés, e nos mostra que o maior investimento não é o financeiro e sim o humano. As mulheres e meninas do bairro do Capão Redondo sofrem pela carência de lazer, de entretenimento e oportunidades para praticar esportes, o que consequentemente promove a exclusão social e a ociosidade.

    A corrida de rua por ser um esporte democrático e de fácil acesso, possibilita atender no mesmo treino o maior número de pessoas sem distinção. Promover a inclusão social, saúde, autoestima e qualidade de vida para as meninas e mulheres por meio do atletismo na modalidade de corrida de rua.

    Liderado voluntariamente por Neide Santos, o Projeto Vida Corrida teve início em 1999, e contava com 6 integrantes. Hoje, conta com mais de 350 participantes, dentre esses 87% são mulheres e meninas com idade entre 4 e 80 anos. São 200 adultos e 250 crianças atendidas. Os treinamentos de corrida de rua acontecem dentro do Parque Santo Dias.

    Estas atividades reforçam o vínculo comunitário entre os participantes. Fortalece os laços familiares, uma vez que as mães convidam outros membros da família para participar, eleva a proximidade entre os moradores com o parque e o bem público.

    Dez anos depois o projeto foi reconhecido com os seus primeiros prêmios Gamechangers de 2009 que foi dado pela Nike, e um prêmio de esporte cidadania também no mesmo ano, dado pela prefeitura da cidade de São Paulo. Após a conquista desses prêmios tornou-se visível o projeto e dessa forma a conquista de apoios e patrocínios, como o de Nike, MegaTotal Academia, Wieden+Kennedy, Rede Esporte pela Mudança Social, Gatorade, entre outros.

  A FUNDADORA

    Marineide dos Santos Silva, fundadora da Associação de Moradores da Cohab Adventista e idealizadora e fundadora da Associação Projeto Vida Corrida, é uma baiana radicada em São Paulo desde 1967 em busca de um futuro próspero. Desde os 14 anos, acreditou que o esporte iria mudar sua vida.

    Mãe de três filhos, um deles assassinado por um menor durante um assalto. Desde muito cedo apaixonada por corrida Neide nem imaginaria a grandeza que teria esse projeto, transformando através da corrida vidas de pessoas que vivem na comunidade, como sendo uma das mais violentas de São Paulo.  Iniciou no esporte por conta de um problema de saúde, onde sofria de anorexia e pesava 21kg, começou  a praticar o handebol, onde em um campeonato escolar teve uma experiência positiva com a corrida e assim a corrida passou ser o seu esporte favorito.

    A rotina da pratica da corrida virou uma lição de amor quando um grupo de mulheres pediu ajuda para que pudessem começar a correr. Neide por sua vez, resolveu treiná-las voluntariamente, e também todos os frequentadores do Parque Santo Dias, em seu período de férias do trabalho. Os moradores a procuravam para tirar dúvidas relacionadas a corrida e caminhada.

    Em decorrência das horas dedicadas a pratica da corrida, Neide abriu mão de 30% do seu salário com a redução da carga horária trabalhada, para dedicar mais tempo ao esporte junto com a comunidade. O esforço valeu à pena! Além de proporcionar saúde e qualidade de vida para os frequentadores do parque através do esporte, Neide conseguiu transformar este projeto em realidade. Fundou a Associação Projeto Vida Corrida. Hoje Neide trabalha na coordenação das atividades desenvolvidas na Associação Projeto Vida Corrida, realizando palestras, treinamentos e atendimento à comunidade com objetivo de multiplicar a responsabilidade social.

    Estas atividades reforçam o vínculo comunitário entre os participantes. Fortalece os laços familiares, uma vez que as mães convidam outros membros da família para participar. Eleva a proximidade entre os moradores com o parque e o bem público.

DISCUSSÃO

    Entende-se também que a formação de cidadania e valores não é feita apenas no chão da escola, mas também em projetos sociais esportivos que trabalhem essas características, pois a escola tem um papel fundamental na formação do cidadão, mas como cita Arroyo (2001) o fato de que o processo de formação de sujeitos, de cidadãos é um processo que passa pela escolarização, mas não se esgota nela, e que a construção de sujeitos sociais, cidadãos, sujeitos humanos é algo muito mais complexo e que a escola é, às vezes, uma gota d’água nessa complexidade. Essa gota d’agua é fundamental, mas seria um equivoco debitarmos todos os créditos exclusivamente a ela, e não reconhecer a importância de um projeto social, como o Vida Corrida por exemplo.

    No projeto onde foi realizado o documentário, foi mostrado um trecho da vida de Marineide onde ela perde seu filho, e a partir dai se debilita muito emocionalmente, chegando próximo a uma possível depressão. O esporte foi a principal ferramenta para tira-la dessa situação e ajuda-la a resgatar seus valores. Como viu-se o esporte tem uma importância muito grande na vida das pessoas.

    É  valido ressaltar que o esporte não pode ser tratado como a solução de problemas que requerem ações de ordem políticas muito mais incisivas do que simplesmente a criação de programas esportivos (MELLO 2004, p.119)..

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

   Através desse trabalho entende-se que um dos aspectos do esporte é trabalhar com a inclusão social, a construção de cidadania e o lazer.

    Compreende-se que ele é um mecanismo que pode impedir ou resgatar jovens que, poderiam estar e os que já estão nos caminhos errados da vida.

    Quando se fala de cidadania, inclusão social, valores e lazer, os projetos sociais tem um papel tão importante quanto a escola, pois trabalha de modo muito afetivo todos esses aspectos.

 

 REFERENCIAS

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Volume/Edição

Autores

  • Lucas Machado Lima

Páginas

  • a

Áreas do conhecimento

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Palavras chave

  • Formação de cidadania, Esporte, inclusão social, Escola, Lazer.

Dados da publicação

  • Data: 14/12/2016
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