30/11/2016

AS POTENCIALIDADES DA RELAÇÃO “TRIO GESTOR” NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROCESSO EDUCATIVO

AS POTENCIALIDADES DA RELAÇÃO “TRIO GESTOR” NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROCESSO EDUCATIVO

 

Ozinei dos Santos Chaves1

 

1 - Licenciado em Pedagogia pela Faculdade Estácio do Amazonas da cidade de Manaus. E-mail: ozinei.chaves@gmail.com. Telefone: (92)992174639

 

 

RESUMO

O presente estudo objetiva discutir as diversas potencialidades da relação "trio gestor" na prática pedagógica do processo educativo. Procura-se saber como garantir de fato uma relação harmoniosa e coesa do "trio gestor" na busca da melhoria e da qualidade do processo educativo? A metodologia adotada nessa pesquisa partiu de uma pesquisa bibliográfica através do método de revisão de literatura com caráter e abordagem qualitativa. Para tal, utilizou-se de leituras analíticas de textos e de artigos diversificados no sentido de respaldar e fundamentar esta pesquisa. As conclusões obtidas revelam que o contexto escolar deve ser um canal de reflexão, a gestão como uma ponte aberta participativa e democrática, com uma visão de gestão enraizada no diálogo, na interação, na participação, e acima de tudo, em uma prática voltada para o social, assim como, para a mediação e facilitação do conhecimento.

 

Palavras-chave: "Trio Gestor". Prática pedagógica. Processo educativo

 

 

LA RELACIÓN DE CAPACIDADES "MANAGER TRIO" PRÁCTICA EDUCATIVA EN EL PROCESO EDUCATIVO

 

RESUMEN

Este estudio tiene como objetivo discutir las diversas posibilidades de la relación "gestor de trío" en la práctica pedagógica en el proceso educativo. Se trata de conocer la forma de garantizar efectivamente una relación armoniosa y coherente de "gestor de trío" en la búsqueda de la mejora y la calidad del proceso educativo? La metodología utilizada en este estudio provino de una búsqueda bibliográfica a través del método de revisión de la literatura con carácter y enfoque cualitativo. Para ello, se utilizó lecturas analíticas de textos y artículos varios con el fin de respaldar y apoyar esta investigación. Los resultados obtenidos muestran que el entorno escolar debe ser un reflejo de la gestión de canales como un puente abierto participativo y democrático, con una visión de gestión arraigada en el diálogo, la interacción, la participación y, sobre todo, en una práctica enfocada para social, así como para la mediación y la facilitación de la comprensión.

Palabras clave: "Administrador de Trio". la práctica pedagógica. proceso educativo

 

INTRODUÇÃO

 

Dessa forma, esta pesquisa tem como pano de fundo, criar estratégias e ações que agregue conhecimentos, conscientização e posturas eficientes quanto a melhor forma alcançar os melhores resultados de atuação do gestor, professores e pedagogos nas ações educativas.

O chamado trio gestor compreende a relação entre gestor, professor e pedagogos (coordenadores), cada um com suas funções e especificidades de atuação. O gestor responsável por todos os segmentos da escola, o professor encarregado pela docência (ensino) e o pedagogo responsável por facilitar o trabalho docente e discente, ou seja, o suporte pedagógico necessário quanto a orientação e articulação dos processos de ensino e aprendizagem.

Assim como Educação passou por mudanças e transformais no que concerne seu conceito e concepções, a gestão escolar também não ficou pra trás. Antigamente a responsabilidade da escola ficava sobre o controle de um diretor. Esse termo diretor se perpetuou por muitos anos, e estava ligado diretamente a função centralizadora de todas as decisões da escola. Hoje esse termo mudou, e passou a ser gestor, com uma conotação mais democrática, descentralizadora das decisões.

Nesse sentido, a escola exige as melhores relações entre todos os segmentos que envolvem a rotina de qualquer escola. Nessa relação é preciso que todos os componentes da escola estejam engajados e envolvidos numa dinâmica harmoniosa e coesa dos processos educacionais. Essa relação interpessoal entre eles é que vai garantir de fato um ambiente, um espaço e um território representativo da busca na melhoria de todas as práticas educativas, pedagógicas, e administrativas da escola.  

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

Por muito tempo, e até hoje é notório perceber que todas as questões, as problemáticas e os desafios impostos pelo processo educacional brasileiro se colocavam a responsabilidade exclusiva do professor, onde este profissional tinha que arcar, de certa forma, pairava sobre seus ombros toda responsabilidade pelo sucesso e fracasso de seus alunos.

            Hoje, o professor possui desafios, e um deles está à possibilidade de desenvolver um ensino que garanta o pleno desenvolvimento do educando, para que essa garantia se perpetue é preciso de suporte e apoio institucional, seja do gestor, pedagogo (Coordenador, orientador e supervisor pedagógico).

            Antes, a concepção de quem se responsabilizava pela escola era o diretor, cabendo à função de delegar, centralizar, toda a decisão partia dele para a escola. Com as novas concepções de gestão, as coisas mudaram, hoje é possível conceber esse diretor como gestor, uma pessoa que trabalha e decide junto com os demais componentes da escola, que permite a participação de todos nas decisões.

Nesse sentido, a conotação gestão escolar é bastante recente, até porque a Gestão Escolar segundo Nelson (2010) classifica-se em 03 (três) áreas interligadas, a considerar: a primeira, conhecida como Gestão Pedagógica – a qual estabelece objetivos para o ensino, defini as linhas de atuação, em função dos objetivos da comunidade e dos educandos, como também, o acompanhamento e avaliação do rendimento de todas as propostas pedagógicas, e por fim, a avalição do desempenho de todos que fazem parte da comunidade escolar.

A outra área é a Gestão Administrativa – encarregada do cuidado da parte física (o prédio e os equipamentos materiais) e da parte institucional (a legislação escolar, direitos, deveres, atividades de secretaria). No que tange a terceira área concebida como Gestão de Recursos Humanos – lida diretamente com pessoas, no sentido de mantê-las trabalhando satisfeitas no objetivo de rederem máximo em suas atividades, além disso, essa área cuida do contorno dos problemas relacionados com contexto escolar.

Antigamente o responsável administrativamente pela escola era chamado de diretor, fazendo uma analogia dos termos diretor gestor percebe-se nas concepções de alguns teóricos a distinção dos termos. A conotação diretor está diretamente ligada à questão de centralizar, delegar, ordenar e hierarquizar, ou melhor, todas as decisões parte do "EU” para o todo. No que tange ao gestor (gestão escolar) conotação atual – tem-se a ideia de descentralizador, popular, colaborador, facilitador, participativo, busca alternativas, parte do “NOSSO” do todo para o EU. 

A partir desses pressupostos anteriores vale ressaltar a diferença entre os profissionais que compõem a equipe gestora de uma escola. Para fundamentar essa questão Polato (2010) afirma que o diretor é responsável legal, judicial e pedagógico pela instituição e o líder que garante o funcionamento da escola. O coordenador considerado como profissional que responde pela formação dos professores e os supervisores responsáveis com a parte técnica, administrativa e pedagógica da escola.

Fazendo uma analogia entre ambos, todas essas funções juntas seriam como um jogo, onde elas se juntam para formar um bloco coeso no sentido de garantir o sucesso do ensino e aprendizagem. Dessa forma, a relação de todas essas funções deveria ser encarada como participativa já que cada um tem uma função, e que deveriam trabalhar em prol do planejamento, dos objetivos, das metas que deverão ser estabelecidas no curso do ano letivo. 

A mesma autora anterior destaca que na maioria das vezes essas funções chamadas de redes de ensino nem sempre estão juntas, e por isso, não tem como integrar o trio gestor.

Nessa perspectiva a participação democrática faz toda a diferença. Com relação às ideias de Catani e Gutierrez (2003), a participação tem que está baseada no exercício do diálogo entre as partes envolvidas no processo, na busca da construção de um plano coletivo e consensual de ação. É importante ressaltar que essa participação tem que ter uma ligação com a família.

No bojo dessa discussão Pado (2002) destaca que o fato de a escola ter funções especifica, não tira o direito de retirar os educandos do seu contexto familiar, ou seja, o que ele prescreve é uma educação escolar interligada a família.

O próprio Libâneo (2008) reforça a importância da função do gestor escolar como um líder cooperativo, que consegue articular os desejos e as expectativas da comunidade escolar. Nessa mesma linha de raciocínio Tavares (2009) descreve que a escola deve definir com toda clareza os objetivos e propósitos que deseja, mas pra isso, é necessário trocar estratégias, e que nessa proposta o gestor assume o papel de articulador de todas as problemáticas que vierem ocorrer na escola.

Para que ocorra uma relação estreita e harmoniosa entre os responsáveis pela escola é preciso que essa relação esteja voltada e baseada  na gestão democrática, e que segundo Nelson (2010) essa gestão é vista como um novo enfoque teórico-metodológico, visto que se encontra tanto na Constituição Federal de 88 quanto na LDB. Outra consideração que ele faz é que a própria gestão mencionada está alicerçada no princípio constitucional de democratização, o que ele chama de “autonomia da escola” 

Para a concretização dessa proposta seria necessário estratégias, sendo elas:

  • Fazer com que essa relação faça parte da prática educativa dessa escola;
  • Será necessário que todos os componentes da escola trabalhem em equipe;
  • Cada qual deve ter em mente sua posição e seu papel na escola;
  • Os possíveis conflitos deverão ser resolvidos com tota equipe técnica, pedagógica e administrativa;
  • A gestão democrática tem que prevalecer;
  • As decisões tem que partir do “NOSSO” para “EU”, ou seja, devem ser descentralizadas, públicas e participativas;
  • As articulações de cunho pedagógico, técnico e administrativo deverão ser de caráter participativo e democrático;
  • O processo de comunicação deverá ser aberto entre todos os membros da comunidade escolar.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante dos estudos realizados acerca do tema em questão e das reflexões efetivas nesse estudo, fica clara a necessidade e o desafio de incentivar a valorização de um ambiente harmonioso e coeso entre os membros da equipe escolar.

Outra consideração merecedora de registro foi de perceber a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva, democrática, participativa da prática de gestão e coordenação escolar diante do processo que estão inseridos.

Dessa forma, esse estudo só veio agregar conhecimento, como também, foi possível criar estratégias e soluções para que o contexto escolar se torne um canal de reflexão, a gestão como uma ponte aberta participativa e democrática.  Em todo período de estudo procurou-se sempre uma visão de gestão enraizada no diálogo, na interação, na participação, e acima de tudo, em uma prática voltada para o social, assim como, para a mediação e facilitação do conhecimento.

Nesse sentido, o gestor sempre deve buscar e ter em mente o compromisso com a aprendizagem, com a relação harmoniosa entre os demais, a busca das resoluções conflitantes que ocorrem no cotidiano das escolas, como também, o de proporcionarem ações mediadoras, cooperativas, dialogadas e reflexivas em termos pedagógicos.  

 

REFERÊNCIAS

 

CATANI, Afrânio Mendes; Gutierrez, Gustavo Luiz. Participação e gestão escolar: conceitos e potencialidades. In: Ferreira, Naura, S. Carapeto (org.). Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. 4;ed. Sao Paulo: Cortez, 2003.

 

LIBÂNEO, J. C. Os conceitos de organização, gestão, participação e de cultura organizacionalIn: Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: MF Livros, 2008.

 

NELSON, Ionara Bezerra. A gestão educacional e suas implicações para a organização e o desenvolvimento do trabalho escolar. Universidade Estadual do Piauí – UESPI, 2010.

 

PADO, Vitor Henrique. Gestão escolar Democracia e qualidade do ensino. Sao Paulo: Átila, 2007.

 

TAVARES, W.R. Gestão Pedagógica: gerindo escolas para a cidadanis crítica. Rio de Janeiro: Wak, 2009.

 

 

 

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Autores

  • Ozinei dos Santos Chaves

Páginas

  • a

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Palavras chave

  • "Trio Gestor". Prática pedagógica. Processo educativo

Dados da publicação

  • Data: 30/11/2016
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