A INCLUSÃO NA CONTEMPORANEIDADE: FIOS E DESAFIOS DA FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE
Ao analisar as conjecturas educacionais brasileiras, é consenso quase universal interpretá-la como fonte de formação que favoreça o trânsito consciente na sociedade do conhecimento. No espelho acadêmico-científico contemporâneo, fortemente marcado pela competição expressa no ranqueamento de notas e “sucessos educacionais” reforçados pelas instâncias normativas da educação nacional, a imagem educacional vê-se desfigurada, ao se discutir fatores éticos e de construção da cidadania. Dominar os códigos e ter a capacidade de interpretar e aplicá-los racionalmente, torna-se cada dia mais indispensável para sobrevivência no mundo contemporâneo. Desta forma, estar inserido em um mundo fluido deixa de ser algo natural, e torna-se algo secundário frente às exigências disciplinares e cartesianas do conhecimento. Um dos obstáculos que podem ser suscitados à uma reflexão, resida talvez, na discussão sobre os valores que hoje dão contornos para a pluralidade sociocultural, etnorracial, sexual, religiosa, socioeconômica e política. Estas premissas se esbarram no questionamento: como promover uma educação democrática? Uma vez que a educação democrática está além da reflexão acerca da democracia.