29/11/2016

A Dança nas aulas de Educação Física Escolar

A Dança nas aulas de Educação Física Escolar Aghata de Lira Bortolassi, GeziKelly Valadares Macedo, Joelmir Moreira dos Santos, José Roberto da Silva, Luiz Fabricio Neto, Tauane de Jesus Macedo, Ana Carolina Siqueira Zuntini,

 

 

 

A Dança nas aulas de Educação Física Escolar

 

 

 

A. DE L. BORTOLASSI1, G. K. V. MACEDO1, J. M. DOS SANTOS1, J. R. DA SILVA1, L. F. NETO1, T. DE J. MACEDO1, A. C. S. ZUNTINI2

 

 

 

 

1 Discentes do Curso de Educação Física – UniÍtalo

2 Orientadora, Bacharel em Fisioterapia pelo UniÍtalo, Especialista em Anatomia Macroscópica pelo Centro Universitário São Camilo, Mestranda em Farmacologia e Fisiologia pela UNIFESP, Docente do Curso de Educação Física do UniÍtalo

 

Email:aghata.bortolassi@hotmail.com,gezi_valadares@hotmail.com,joe-vasco@hotmail.com,joserobert7934@outlook.com,luiz-fabricio@hotmail.com,tauanegaty@hotmail.com,carol.zuntini@uniitalo.edu.br 

 

 

 

 

 

RESUMO

 

Este trabalho teve como objetivo mostrar a importância da dança nas aulas de educação física escolar. Tal prática pedagógica tem como expectativa de aprendizagem o desenvolvimento cognitivo, social, emocional, corporal, além do prazer que ela proporciona nas aulas devidamente planejadas, sendo fundamental na formação de cidadãos críticos, participativos e responsáveis perante a sociedade. Diante das informações obtidas por meio da presente revisão de literatura, entende-se que uma proposta curricular não deve privilegiar somente a execução de movimentos perfeitos e competitivos. Dançar pode ser uma maneira divertida e adequada para ensinar e aprimorar as habilidades básicas do movimento e da livre expressão corporal dos alunos, podendo assim, enriquecer as práticas do professor de educação física, servindo como instrumento transformador de sua rotina no âmbito educacional.

 

Palavras-chave: Dança, Educação Física, Escola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABSTRACT

 

            This work aims to show the importance of dance in school physical education classes, this pedagogical practice has as an expectation of learning the cognitive, social, emotional, and corporal development, as well as the pleasure it provides in properly planned classes. Being fundamental in the formation of critical, participative and responsible citizens before society. Due to the mentioned facts researches and studies, this curricular proposal should not privilege only the execution of perfect and competitive movements. Dancing can be a fun and appropriate way to teach and improve the basic skills of movement and free expression of the body of students, and can enrich the practices of the physical education teacher, serving as a transforming instrument of their routine in the educational field.
 
Keywords: Dance, Physical Education, School.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

A dança é considerada uma das artes mais antigas e sem uma data precisa de início ou descoberta pelo homem. Estudos arqueológicos indicam que a dança nasceu da religião como parte integrante das cerimônias religiosas e da necessidade de aplacar os Deuses por algo de bom concebido pelo destino (FARO, 1986).

Segundo Bertoni (1992), a dança foi usada desde a pré-história de forma decisiva para a adaptação, manifestação, sobrevivência e desenvolvimento do homem. Foi por meio desta expressão que o homem conseguiu acentuar mais o seu senso de observação, em relação às pulsações, ritmo, e às reações internas com relação ao meio externo, permitindo assim o controle do meio ambiente facilitando sua fixação e sobrevivência.

O homem primitivo ao ser capaz de reproduzir seus problemas por meio da dança estimula sua capacidade de observação, desenvolvendo condições de aprendizado que iriam impulsionar seu progresso social, intelectual e humano. O privilégio da dança não é exclusivo do homem, mas sim de toda a natureza (BERTONI, 1992).    

Laban (1980) dedicou sua vida ao estudo do movimento humano em seus significados e relações com o meio, resgatando os atos espontâneos pela dança e considerando a rotina de movimentos como restrição à expressividade do homem. Sua proposta de dança não considera apenas a graciosidade, beleza das linhas e leveza dos movimentos, mas a liberdade que possibilita ao homem se expor por seus movimentos e encontrar a auto-suficiência no próprio corpo.

Segundo Portinari (1989), de todas as artes a única que depende só do corpo dispensando materiais e ferramentas é a dança e por isso ela é a mais antiga desde tempos imemoriais por ser carregada pelo ser humano dentro de si. Desta forma, a pedagogia da dança tem que ser cativada e desenvolvida nas escolas por ser algo fundamental para que o aluno tenha um alto conhecimento do seu corpo.

É um tipo de atividade física que visibiliza expressão artística e motora, tendo um enorme conteúdo de aprendizagem onde envolve teoria e pratica. (NEVES, 1987 pag 25. ) menciona que:

 

Dança com certeza é movimento, mas movimento não é necessariamente dança(...). Os elementos básicos da dança são os desenhos, passos, os gestos, movimentos específicos, varia da suavidade a gestos mais brutos.

 

A dança é considerada um tema abrangente por ter inúmeras definições entre vários enfoques, envolvendo sempre o movimento, como a relação com os deuses, relação consigo, com os outros e com a natureza; transcendência, sentimento e expressão; linguagem e comunicação; tempo, espaço, ritmo; arte; educação (RANGEL 2002).

Dança é o processo dinâmico que, por meio da concepção, sensibilidade, criatividade e pela liberação interior das emoções, transforma o movimento corporal em veículo de comunicação e expressão (NANNI, 2008 ).

Outra definição da dança, diz respeito à capacidade de interpretar, criar e externar suas ideias totais e diferenciadas, onde se tem o domínio e o conhecimento do tema abordado (FERREIRA, 1996 apud RANGEL, 2006). Essas possibilidades de movimentação do corpo permitem um novo processo evolutivo; a liberação do corpo e a dança surgem como explicitação desta conquista humana e cultural (CALAZANS, CASTILHO, GOMES, 2003).

Rangel (2002) também cita que a dança não se realiza sem presença dos elementos tempo, espaço, som, movimento, forma e energia, sendo o corpo um elo entre todos os elementos, e o espaço é o ambiente que o corpo ocupa com sua massa ou movimentos, a energia é a ação realizada por meio do corpo ou por partes do corpo com maior ou menor esforço para a execução de suas tarefas. E a forma é o contorno de massa do individuo ou configurações básicas para moldar e desenvolver figuras na dança, porém o corpo região limitada do espaço formada pela matéria.

Educar o ritmo requer prazer, memória, vivência, liberdade e domínio de movimento, Ferreira (2005, pág. 22) afirma que:

 

“Ter como objetivo aulas de dança na escola, pode desenvolver consciência corporal, e torna- se importante na vida diária, profissional, desportiva e no lazer”.

 

Para Darido (2005) o ritmo é uma capacidade física coordenativa. Para contribuir, aprimorar e aperfeiçoar o sentido do ritmo é importante a utilização de sinais visuais e auditivos. Dentro do contexto educacional, por meio da dança o ritmo pode ser trabalho na Educação Física além de ser algo intrínseco, inerente ao homem.

O significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como um meio para adquirir conhecimentos, como opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da criatividade e importante forma de comunicação. De acordo com Calazans, Castilho e Gomes (2003), mais importante que a aprendizagem de qualquer técnica é a conscientização do corpo, percepção do peso, da direção, das intenções e intensidades dos membros.

Objetiva-se com este trabalho ressaltar a importância da dança na Educação Física Escolar ampliando o conhecimento das propostas de uma educação através da dança, que possa vim ser um complemento para o desenvolvimento psicomotor e da psicomotricidade e ainda verificar os aspectos que ela pode contribuir no processo de formação, na aquisição e no desenvolvimento de habilidades das crianças em de postura, aprimoramento, capacidade de criar, desenvolver, mudar, comunicar e perpetuar por intermédio desta linguagem que consideramos universal, que é a dança essa fantástica terapia dos deuses e que a disciplina dança na escola, além de contribuir com uma educação transformadora, venha explorar no máximo a capacidades e habilidades motoras e intelectuais, promovendo saúde.

Quanto à metodologia trata-se de revisão de literatura, enriquecida com pesquisas em alguns sites e estudos com livros da Biblioteca Municipal Belmonte, Biblioteca Presidente Prestes Maia, Biblioteca Sergio Milliet, Biblioteca Alfredo Volpi  e Biblioteca Dante Alighieri no período, de 1986 a 2012, com o propósito de enfatizar a importância de trabalhar a dança no ambiente escolar.

 

 

2 DANÇA E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

 

 

É importante que a dança seja desenvolvida na escola com espírito de investigação, para que a criança tome consciência da função dinâmica do corpo, do gesto e do movimento como uma manifestação pessoal e cultural. Podendo usá-lo expressivamente com mais inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade (BRASIL 1997).

A atividade de dança na escola pode incrementar nas crianças o entendimento da sua capacidade de movimento, tendo mais entendimento de como seu corpo funciona. A ação física é essencial para a criança conciliar de maneira que absorva as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas. A criança é um ser que está sempre se deslocando de um lugar para outro utilizando dessa variabilidade para buscar o conhecimento de si mesmo e o ambiente que o rodeia. Toda ação que o ser humano faz envolve atividade corporal aassociando-se com objetos e pessoas (BRASIL, 1997).

A dança como atividade lúdica permite a experimentação e a criação, na ação da naturalidade, auxiliando também para o desenvolvimento da criança em relação à consciência e à construção de sua imagem corporal, aspectos que são essenciais para o seu crescimento individual e sua consciência social (BRASIL, 1997).

Por meio da dança os alunos passarão a conhecer as propriedades dos movimentos como a forma, o espaço e o tempo aliado ao gasto de energia, aspectos estes que conduzem o aluno a perceber e experimentar com o próprio corpo aonde e como o movimento acontece (DARIDO, 2005).

Para Ferreira (2005) “A dança na educação física escolar tem como um de seus objetivos, estimular sua capacidade de criação e expressão corporal, ajudando no autoconhecimento e desenvolvendo a sociabilização”. Assim como as letras do alfabeto sozinhas não formam nomes, o mesmo acontece com os movimentos isolados, não dar para escrever textos corporais, sem esse entrosamento. Então forma a comunicação do saber na coreografia por meio da expressão corporal.

Gaio e Gois (2006) apresentam alguns princípios que consideram balizadores para um trabalho de dança sem limites, os quais estão pautados na formação e qualificação do profissional de Educação Física, que enriquecem reflexões e ações sobre o tema e seu desenvolvimento na Educação Física escolar. Para as autoras a pesquisa sobre a diversidade rítmica, por meio dos sons, músicas, ritmos, festas, crenças e costumes do nosso país pode ser um rico conteúdo de aprendizagem para o profissional de Educação Física aprofundar e aplicar em sua atuação com a dança.

Além de auxiliar na aquisição e manutenção da saúde, aptidão social, mental, psíquica e física tanto a dança escolar como a educação física, juntas no mesmo papel pedagógico, visam ao aumento da autoestima, o combate ao estresse, à melhoria da postura corporal. Além de todos esses benefícios a dança escolar desenvolve e melhora a respiração e o condicionamento físico; aumenta a flexibilidade e fortalece os músculos; promove a conscientização corporal e as relações intra e interpessoal; melhora a coordenação motora, ritmo e o equilíbrio (FERREIRA, 2005).

Entende Marques (2012), que dança e Educação Física formam uma ponte de via dupla entre a instituição escolar e o mundo da arte, cujo locutor é o próprio professor. Dançando, ele faz, aprecia, contextualiza a arte e o ensino com seus alunos.

Segundo Moreira (2004), a dança deve integrar o conteúdo da Educação Física desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, trabalhando de forma multidisciplinar com objetivos, procedimentos e avaliação. Possibilitando e instigando, assim, o aluno a aprender, apreciar e valorizar a dança como uma arte importante da cultura humana.

A dança reeduca o corpo, integra pensamento, sentido e movimento tornando-se o ambiente em que o aluno faz conexões entre o social e pessoal desenvolvendo a percepção, habilidade, imaginação (CALAZANS, CASTILHO, GOMES, 2003).

Marques (2012) afirma que a dança na escola não deve privilegiar somente a execução de movimentos corretos e perfeitos impondo técnicas e gerando competições entre os alunos, deve partir do objetivo de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, tendo como finalidade torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável capaz de demonstrar–se em várias linguagens, desenvolvendo a autoexpressão e aprendendo a pensar sobre o movimento.

Por isso, dependendo de como for ensinada, a dança pode abrir espaços para que corpos se relacionem consigo mesmos, entre si e com o mundo (MARQUES, 2014).

 

 

3 OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

         

 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) propõem orientações gerais sobre o básico a ser ensinado e aprendido em cada etapa do ensino fundamental (BRASIL 2001).

É importante que a dança seja desenvolvida na escola com espírito de investigação, para que a criança tome consciência da função dinâmica do corpo, do gesto e do movimento como uma manifestação pessoal e cultural. Podendo usá-lo expressivamente com mais inteligência, autonomia, responsabilidade e sensibilidade (BRASIL 1997).

          Marque (2012) Se os corpos existem tem que existirem as brincadeiras, que brincam de esconder, de pegar de correr, de agarrar. As brincadeiras estão intrinsecamente relacionadas à como sentimos, entendemos, percebemos, conhecemos e dialogamos com nossos próprios corpos e com os demais, e assim com os espaços físico e virtual em que vivemos. E assim podemos dizer o mesmo com a proposta da dança.

           A atividade de dança na escola pode incrementar nas crianças o entendimento da sua capacidade de movimento, tendo mais entendimento de como seu corpo funciona. A ação física é essencial para a criança conciliar de maneira que absorva as potencialidades motoras, afetivas e cognitivas. A criança é um ser que está sempre se deslocando de um lugar para outro utilizando dessa variabilidade para buscar o conhecimento de si mesmo e o ambiente que o rodeia. Toda ação que o ser humano faz envolve atividade corporal associando-se com objetos e pessoas. (BRASIL, 1997).

 

 

4 CONTRIBUIÇÕES DA DANÇA NA EDUCAÇÃO FÍSICA

 

 

De acordo com o artigo 26, inciso segundo das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 2010) o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

Nota-se que a educação do sentindo rítmico é importante na educação física e, desde a infância, já deve ser praticada, porque, essa educação permite o aperfeiçoamento dos sistemas nervoso e muscular, favorecendo o desejo de expressar-se (ARTAXO, MONTEIRO, 2008).

A dança pode apresentar objetivos diferentes ao longo da formação escolar. De acordo com Finck (2011), a proposta para o ensino fundamental está voltada para as questões ligadas ao convívio social e no que diz respeito à Educação Física o foco são os assuntos que se relacionam com a formação de valores, atitudes, habilidades e competências salientando a integração entre pessoas e povos para o acesso e reconhecimento das diversidades.

Segundo Darido (2005) o conteúdo da dança deve ser trabalhado na escola sob três dimensões, de modo que a história da Educação Física escolar tenha uma ênfase maior nos conteúdos ligados à prática, à realização dos movimentos, ao "saber fazer" (procedimental). Já o "porque fazer" (conceitual) e "como se relacionar dentro desse fazer" (atitudinal), ficaram em segundo plano ou não eram desenvolvidos intencionalmente nas aulas. Essas dimensões apoiam-se nos PCN (BRASIL, 1997) já que abordam a dança ou atividades rítmicas e expressivas como forma de levar o aluno a conhecer as diversas manifestações culturais.

De acordo com Darido (2005), esse conhecimento de maneira informativa pode se dar pelo professor ou pessoas que vivem ou viveram de forma participativa a dança, incentivar e cultivar a cultura corporal de movimento, o hábito da leitura, a questão da inclusão, expor ao aluno que na escola não existe o jeito certo ou errado de dançar, abordar e discutir a padronização do ensino, das características favoráveis de quem pode ou não aprender a dançar.

Para (MARQUES, 2007 pag. 54)

 

”[...], repensar a educação e a dança do mundo contemporâneo, quer no âmbito artístico profissional, quer na escola básica, significa também repensar todo este sistema de valores e de ideias concebidos deste o século XVIII e que foram incorporados aos pensamentos educacionais ocidentais”.

 

Para Neira (2006), pensar na função da escola significa proporcionar práticas e princípios de ensino de acordo com a realidade de cada unidade educacional, permitindo sua autonomia, de forma que a participação da comunidade, escola e aluno possa definir uma educação que prepare cidadãos conscientes e participativos de maneira que possam exigir e cumprir seus direitos e deveres.

 

 

5 DANÇA E A SOCIALIZAÇÃO

 

 

Nos novos currículos da primeira infância que trazem a tendência de incluírem artes criativas (música, artes e dança), a dança tem ganhado lugar de honra dentro da educação, conforme descrevem Santos et al (2005).

No que se refere à aceitação da dança por parte dos alunos, percebe-se que em muitos momentos a maneira como a inserção do conhecimento acontece está diretamente ligada a essa participação, ou seja, o papel do professor é extremamente importante (SANTOS et al, 2005).

Os professores que aplicam aulas de dança devem se atentar ao deparar-se com situações em que os pais inibem o comportamento de seus filhos, porque, estes estão formulando sua base de pensamento. Os professores têm que atuar como incentivadores da prática da dança e promover experiências conjuntas entre meninos e meninas (SANTOS et al, 2005).

Freire (1997) explica que o homem só passou a ensinar quando descobriu que era capaz de aprender. Foi desenvolvendo a capacidade de aprender que ele se descobriu capaz de ensinar. Nessa perspectiva, os professores enquanto ensinam aprendem e os alunos, enquanto aprendem, ensinam.

Todo processo ensino aprendizagem depende do interesse dos sujeitos participantes, alunos, professores, comunidades escolares e demais fatores do processo. Assim, a aprendizagem se dá na coletividade, mas não perde de vista o indivíduo que é singular (contextual, histórico, particular, complexo) (FREIRE, 1997).

De acordo com Ossona (1988), atualmente existe uma melhor compreensão a respeito dos valores formativos e criativos da dança, que levam a uma ampliação das ações corporais. Com isso, no Brasil e no mundo, a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos benefícios que vão desde a melhora da autoestima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o desenvolvimento da aprendizagem. A cada dia a dança vem expondo seus aspectos positivos dentro da formação do sujeito, por meio da educação, e até mesmo contribuindo para a construção da sociedade.

Atualmente, a dança tem se tornado um estilo alternativo nas práticas pedagógicas, por orientar o movimento corporal de cada aluno de forma a explorar sua capacidade de criação, estimulando o autoconhecimento e favorecendo para aprendizagem. Segundo (OSSONA, 1988 pag 32)

 

“[...] a dança ainda é uma manifestação de caráter étnico, é quando mais se parece com a “expressão corporal”, que foi ganhando terreno nos esquemas da educação.”

 

Segundo (LABAN, 1990 pag. 36) cita que:

 

“Quando criamos e nos expressamos por meio da dança, interpretamos seus ritmos e formas, aprendemos a relacionar o mundo interior com exterior”.

 

Contudo, a dança ao ser inserida ao conteúdo escolar não pretende formar bailarinos, antes disso, consiste em oferecer ao aluno uma relação mais efetiva e intimista com a possibilidade de aprender e expressar-se criativamente através do movimento. Nessa perspectiva, o papel da dança na educação é o de contribuir com o processo ensino-aprendizagem, de forma a auxiliar o aluno na construção do seu conhecimento (LABAN, 1990).

 

 

6 CONCLUSÃO

        

 

            A pesquisa bibliográfica aqui apresenta permite concluir que a dança na Educação Física vai além do ensino básico, que é o futebol, basquetebol, handebol e voleibol, surgindo como uma ferramenta diversificada, transmitindo seus sentimentos aliando- se com a expressão corporal. Independente de raça, gênero, a dança pode fazer com que as crianças venham a querer participar das aulas de educação física.

            A dança dentre todas as modalidades da educação física abre um leque de oportunidades, para que as crianças tomem consciência da função dinâmica do corpo, do gesto e do movimento. A dança na educação física escolar tem como um de seus objetivos, estimular sua capacidade de criação, expressão corporal, socialização e ajudando no autoconhecimento.

Destaca-se que a dança na educação física escolar pode ser considerada indispensável, já que ficou evidente que a dança desenvolve no aluno os aspectos cognitivos, intelectuais e afetivos, contribuindo assim de maneira decisiva para a formação de pessoas críticas, observadoras visando uma transformação social.

                           

                        REFERÊNCIA

 

 

BERTONI. I.G. A Dança e a Evolução: O balett e o seu contexto teórico; São Paulo: Tanz do Brasil, 1992.

 

 

BRASIL, M. da E. e C.. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física Brasília: MEC/ SEF Secretaria de Educação Fundamental, 1997.

 

 

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http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACAO_FISICA/monografia/DANCA_ESCOLA.pdf.  ACESSO: 31/05/2016

 

 

DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação Física na escola: implicações para prática pedagógica. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2005.

 

 

FARO, A.J. Pequena História da Dança. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 1986.

 

 

FERREIRA. V. Dança Escolar: um novo ritmo para a Educação Física: Rio de Janeiro: Sprint, 2005.

 

 

FREIRE. J.B. Educação de Corpo Interiro: teoria e pratica da Educação Física. 5°ed. São Paulo: Scipione, 2009.

 

 

GAIO, R.; GOIS A. A. F. Dança, diversidade e inclusão social: sem limites para dancar. In: TOLOCKA, R. E.; VERLENGIA, R. (Orgs.). Dança e diversidade humana. Campinas, São Paulo: Papirus, 2006.

 

 

 

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MOREIRA. E.C. Educação Física Escolar: desafios e propostas. Rio de Janeiro: Fontoura, 2004.

 

 

NANNI. D. Dança Educação: princípios, métodos e técnicas. 5°ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

 

 

OSSONA. P. A Educação pela Dança: 2°ed. São Paulo: Summus, 1988.

 

 

PORTINARI, M. Historia da dança. Rio de Janeiro: nova Fronteira, 1989.

 

 

PAPALIA. D.E. OLDS. S.W Desenvolvimento Humano. Trad. Daniel Bueno. 7. Ed. Porto Alegre: Artmed Sul, 2000.

 

 

RANGEL. N.B.C. Dança Educação, Educação Física: Propostas de ensino da dança e o universo da Educação Física. Jundiaí, SP: Fontoura, 2002.

 

 

VIANNA, K. A dança. Com colaboração de Marcos Antonio de Carvalho. 5° Ed. São Paulo: Summus, 2008.

 

 

 

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  • A. DE L. BORTOLASSI1, G. K. V. MACEDO1, J. M. DOS SANTOS1, J. R. DA SILVA1, L. F. NETO1, T. DE J. MACEDO1, A. C. S. ZUNTINI2

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  • Dança, Educação Física, Escola

Dados da publicação

  • Data: 29/11/2016
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