A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA PESSOAS COM ESCLEROSE MULTIPLA
A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PARA PESSOAS COM ESCLEROSE MULTIPLA
SILVA, Fábio Vinícius Ribeiro, SILVA, Paulo Roberto Cruz,
MITIDIERI, Nathalia Ribeiro
ORIENTADOR: ZUNTINI, Ana Carolina Siqueira
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO – UNIÍTALO
E-mail: carol.zuntini@uniitalo.edu.br
RESUMO
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica de origem desconhecida, caracterizada por lesões axonais e áreas de desmielinização do Sistema NervosoCentral. Nessa doença,a incapacidade física e uma série de sintomas estão relacionadosao comprometimento de sistemas funcionais e ao seu desuso. Existem vários quadros clínicos referentes à esclerose, desde casos mais simples até os mais complexos dependendo do tipo de esclerose. O tratamento geralmente inclui o uso de imunomoduladores e imunossupressores, que são capazes de retardar, mas não interromper sua progressão. Nas duas ultimas décadas, programas incluindo exercícios de fortalecimento muscular, exercícios aeróbicos, atividades em meio aquático tem se mostrado seguros e eficazes para pessoas com esclerose múltipla. O objetivo primordial do trabalho acadêmicofoi mostrar o quão é importante e essencial a prática de exercícios físicos para pessoas com EM e seus impactos em aspectos relevantes da doença como as alterações da força muscular, fadiga e espasticidade.
Palavras-Chave: Esclerose Múltipla, Exercícios Físicos, Saúde.
ABSTRACT
Multiple sclerosis is a chronic neurological disease of Unknown origin, Characterized by axonal injury and demyelination areas of the central nervous system. This disease, physical disability and a number of symptoms are related to impairment of functional systems and to disuse. There are several medical conditions related to sclerosis, from the simplest to the most complex cases depending on the type on sclerosis. Treatment usually comprises the use of immunomodulators and immunosuppressants that are able to slow, but not stop its progression. In the last two decades, programs including muscle strengthening exercises, aerobic exercises, aquatic activities have been shown to be safe and effective for people with multiple sclerosis.The primordial objective of the academic work, is to show him/it how it is important and essential the practice of physical exercises for people with IN and their impacts in relevant aspects of the disease as the alterations of the muscular force, it fatigues and espasticidade.
Keywords: Multiple Sclerosis, Physical Exercises, Cheers.
INTRODUÇÃO
Em prevalência global o número estimado de pessoas com Esclerose Múltipla (EM), aumentou de 2,1 milhões em 2008 para 2,3 milhões em 2013 (ABEM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCLEROSE MULTIPLA – ATLAS 2013). Estima-se que atualmente no Brasil, cerca de 35 mil pessoas tenham EM, a doença afeta em média de 15 a 18 pessoas a cada 100 mil, chegando a 27 na região Sul do país. As pessoas acometidas pela EM, costumam apresentar sintomas variados, que dependem da região afetada. Os mais comuns são fraqueza generalizada, fala com pronúncia alterada, visão dupla e marcha cambaleante. O surto se caracteriza clinicamente por um estado de súbita perda de função sensitiva ou motora. A EM pode se manifestar no inicio com sintomas isolados, tais como sintomas sensitivos, motores ou neurite óptica isolada ou ainda por associação desses. (FERRO, PIMENTEL, 2006).
Ainda, pessoas que possuem a EM, tem alto índice de fadiga, esta é definida de maneiras distintas.É denominada como uma sensação subjetiva de déficit de energia física e mental, que é notada pela pessoa ou por seus familiares, e interfere sobre a vontade e a realização de atividades de vida diária, chamada de fadiga primária da EM. Esta pode gerar um grau de incapacidade persistente e agravar os demais sintomas da doença. (VICINI, 2002).
Até o momento não se encontrou cura para EM. Imunomoduladores e imunossupressores têm sido as drogas mais utilizadas para o tratamento da doença, sendo capazes de retardar, mas não interromper sua progressão. (FURTADO, 2006).
Por muito tempo, era recomendado para pessoas com EM, diminuir a intensidade de exercícios físicos, esse tipo de orientação pretendia promover a conservação de energia, evitar o aumento da temperatura corporal e, assim, controlar a fadiga e diminuir o risco de agravar os sintomas da doença. (FURTADO 2016).
O objetivo primordial do trabalho acadêmicofoi mostrar o quão é importante e essencial a prática de exercícios físicos para pessoas com EM e seus impactos em aspectos relevantes da doença como as alterações da força muscular, fadiga e espasticidade.Trata-se de um estudo realizado por meio de levantamento bibliográfico, para esse trabalho foram utilizados artigos de revisão brasileiros e americanos, artigos direcionados a pesquisas de campo, esses publicados nos últimos 21 anos de pesquisas em relação ao tema abordado.
EXERCÍCIO FÍSICO E ESCLEROSE MÚLTIPLA
A mielina contém lipídeos e proteínas que servem para isolar e contribuir para a condução do impulso elétrico nas fibras nervosas. Na EM, as placas de Esclerose formam-se na capa de mielina das fibras nervosas no SNC. Quando a mielina é destruída e ocorre a conseqüente formação de placas, a condução de fibras nervosas é reduzida, ficando assim comprometida, causando alteração nos sinais nervosos emitidos (RYAN & PIASCIK, 2002). Goetz (2003), afirma que algumas fibras nervosas, ou axônios, nunca se recuperam dos efeitos da desmielinização e ficam danificados, o que conduz à lesão axonal permanente.
Esta desmielinização e lesão axonal podem afetar múltiplos sistemas. As lesões mais freqüentes são as que implicam os sistemas motor, sensitivo, autônomo e as vias de comunicação, podendo dar origem a diferentes e variados sintomas. Os sintomas mais comuns na EM são o comprometimento monocular visual com dor (neurite óptica) e sintomas sensitivos como, entorpecimento, formigamento e calor nas extremidades. São também freqüentes os sintomas de incontinência ou retenção urinária, obstipação, disfunção sexual, fadiga, depressão, diplopia, espasticidade, ataxia da marcha e dos membros e sensações de choques elétricos na espinha dorsal durante flexão do pescoço (CRAYTON, HEYMAN, ROSSNAN, 2004; CALABRESI, 2004; PARMENTER, DENNEY E LYNCH, 2003; ZEPHIR et al, 2003 FEINSTEIN, 2000).
Na base dos estudos neuropsicológicos compreensivos, existe consenso entre os investigadores no que diz respeito aos déficits em nível das funções superiores (SOUZA, ALBERTE KALMAN, 2002; RAO LEIO, BERNADIN E UNVERZAGT, 2004), sendo a aprendizagem, a memória, atenção as aptidões visos-espaciais, as funções executivas e o processamento de informações os domínios cognitivos mais afetados (LAZERON, SONNEVILLE, SCHELTENS, POLMAN E BARKHOF,2006; NOCENTINI et al, 2006, RAO, 2004). O percurso clínico é extremamente variável e imprevisível tanto individualmente comonos grupos de doentes (JACK et al, 2002).
Para diagnosticar a EM, há alguns critérios a serem considerados, a saber: os sintomas devem ter relação com dificuldade de funcionamento da substância branca no SNC; as ocorrências dos ataques devem estar separadas pelo tempo de pelo menos um mês; devem ocorrer múltiplas lesões em separadas porções do SNC; no exame neurológico devem existir déficits objetivos: a investigação deve ser cuidadosa para que possam ser excluídas outras doenças clínicas e neurológicas, pois muitas patologias podem se assemelhar a EM. Para que haja uma diferenciação entre as outras patologias e a EM, pode ser utilizada a história da pessoa (Anamnese), o exame físico e outros exames apropriados. (CALLEGARO, 2001; COSTA et al, 2005; WILTERDINCK et al. 2001).
A prescrição de exercícios deve encontrar aceitação e satisfação de quem vai praticá-lo, a fim de evitar o desinteresse inicial que poderá resultar em um abandono futuro e, consequentemente, na perda dos benefícios proporcionados pela prática regular de atividade física. Um programa equilibrado deve conter exercícios aeróbicos de baixo impacto, exercícios de fortalecimento muscular e exercícios de equilíbrio e coordenação motora, visando melhorar o padrão de marcha e reflexos (propriocepção) e com isso diminuir a incidência de quedas (JACOB FILHO, 2006).
Para Oliveria (2011), pode-se definir saúde como uma condição humana com dimensões físicas, social e psicológica, cada uma caracterizada por pólos positivo e negativo. A saúde positiva estaria associada com capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios de cotidiano, enquanto a saúde negativa estaria associada com a morbidade e, no extremo, com mortalidade.
A saúde é um movimento de autotranscedência da pessoa em direção a uma expressão de vida que supera a simples homeostase dos subsistemas do organismo humano. Com isso, entende-se que a valorização do sujeito como um ser humano é essencial para as ações de promoção e proteção à saúde, prevenção das doenças, e contribuindo para uma tensão integral às pessoas e suas famílias. (VICINI, 2002).
Os exercícios físicos têm sido considerados, há muito tempo, como uma forma de preservar e melhorar a saúde (BAPTISTA, 2004; PITANGA 2004). Hipócrates, na Antiguidade, recomendava exercícios físicos para a prevenção e tratamento de doenças. Atualmente, observa-se, um estilo de vida cada vez menos ativo por parte da população em geral, aumentando a preocupação de vários órgãos de saúde pública em todo o mundo, e tornando-se evidente o crescimento do interesse em se avaliar o papel que o exercício físico tem sobre a incidência de doenças, principalmente aquelas com características crônico-degenerativas(FURTADO,2006).
No que se refere à prática de exercícios por sujeitos com EM, os artigos citados abaixo, pesquisados e analisados, demonstram os benefícios alcançados e estão apresentados em forma de quadro para fácil compreensão.
Quadro 01 - Exercícios e EM |
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Artigo |
Metodologia |
Delineamento |
Conclusão |
Freitas, Aguiar; 2011 |
28 pacientes atendidos em regime ambulatorial |
Relação entre E.M e alterações cognitivas de atenção, memória e percepção.
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- 21,4% apresentaram alteração da percepção visual -17,8% atenção concentrada e sustentada - 57,1% - 53,6% presença de fadiga de baixo ou alto grau |
Lopes, Nogueira, Nóbrega, Filho Alvarenga, Alvarenga; 2010 |
30 pacientes foram submetidos a uma avaliação médica, onde foi aplicada a Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS). |
Investigar a relação entre a EM e as alterações cognitivas de percepção, atenção e memória. |
A maior parte dos avaliados, apresentaram dificuldade nas capacidades funcionais
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Pedro, Ribeiro , Pinheiro; 2011 |
Exercício Físico na Esclerose Múltipla |
A prática de exercício físico para portadores de E.M, em meio aquático ou outras modalidades. |
É recomendada a prática de exercício físico, através do aconselhamento individual em indivíduos com EM, |
INDICAÇÕES DE EXERCÍCIOS
Exercícios aquáticos são apropriados para pessoas com esclerose múltipla. A flutuabilidade e viscosidade, características do meio aquático, reduzem o impacto da gravidade e conferem maior equilíbrio e amplitude de movimento de músculos muito fracos para desempenhar a mesma tarefa em terra. Temperaturas abaixo de 27° não são recomendadas devido ao risco de aumento da espasticidade (WHITE, DRESSENDORFER, 2004).
O desenvolvimento das capacidades de força e resistência muscular localizada devem ser alcançadas em meio aquático pela participação em aulas conhecidas com hidroginástica ou hidroterapia. O incremento da intensidade do esforço pode ser alcançado com a utilização de aparelhos específicos como, caneleiras, coletes e halteres. Já para a melhora do condicionamento aeróbio, podem ser administradas sessões de natação, na medida em que essas não signifiquem esforços muito intensos que elevem significativamente a fadiga (FURTADO,2006).
Os programas para desenvolvimento da capacidade aeróbica de pessoas com esclerose múltipla, claramente incorporam as orientações do ACSM (Colégio Americano de Medicina Esportiva) (POLLOCK e colaboradores, 1998). Atividades de aquecimento são consideradas importantes, dada coerência em sua adoção por preparar fisiologicamente o organismo para a tarefa principal. São apontadas como principais as rotinas de alongamento, atividades lúdicas ou mesmo a realização do exercício principal do programa em menor intensidade. Medidas de frequência cardíaca podem ser úteis para o acompanhamento da intensidade do esforço (MENDES,2007).
Para algumas pessoas com mínimo ou nenhum déficit motor pode-se incluir sessões de caminhada ou até mesmo de corrida. Como déficits de equilíbrio e coordenação motora são comuns nessa doença, a definição do método a ser adotado deve levar em consideração as possibilidades e interesses de cada participante (FURTADO,2006).
Conforme foi proposto por Petajan e White (1999), a ampliação de exercícios para desenvolvimento da força muscular deverá seguir uma lógica crescente de funcionalidade onde, para aqueles com maior déficit motor, sugere-se a aplicação de movimentos passivos, como lentos alongamentos para os principais grupos musculares. Para indivíduos com maior nível de força são indicados alongamentos ativos e exercícios resistidos, com ou sem ação da gravidade e com número de repetições próximo ao nível de fadiga.
Considerando as possibilidades de cada aluno, a progressão de um treinamento para desenvolvimento de força em pessoas com esclerose múltipla pode sofrer grande variação no seu planejamento e progressão. Pessoas com pouco ou nenhum déficit muscular podem necessitar de modelos de periodização que alterem a intensidade e volume de treino ao longo do tempo para otimizar os ganhos de força. Em outros casos, a instalação precoce da fadiga poderá implicar a realização de um volume reduzido de exercícios, porém, configurando-se ainda como um estímulo suficiente para a manutenção ou mesmo o desenvolvimento da força(BAKSHI et al,2013).
As orientações básicas do ACSM (Colégio Americano de Medicina Esportiva) são de que exercícios de flexibilidade sejam incorporados à rotina de exercícios e permitam o desenvolvimento ou manutenção da amplitude de movimento articular. Os exercícios deverão incluir os principais grupos musculares, com frequência de 2 a 3 vezes por semana (POLLOCK e colaboradores, 1998). Para pessoas com espasticidade é recomendado o alongamento antes e após a sessão de exercícios. O alongamento deve ser realizado de maneira lenta e confortável, objetivando a adequação de tônus muscular. Cada posição deve ser mantida por 20-60 segundos para máximo benefício (WHITE, DRESSENDOFFER, 2004).
ORIENTAÇÕES PARA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS POR PESSOAS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Referenciados por diversos estudos, divulgados na literatura científica e em experiências adquiridas durante o processo deste trabalho, a seguir segue alguns pontos considerados relevantes para uma orientação, segura e eficaz, de exercícios físicos para pessoas com Esclerose Múltipla, tais como, estabelecer contato com o médico do aluno a fim de obter informações relevantes para elaboração do programa de exercícios físicos,cuidados para controle da fadiga, elaborar o programa contemplando a alternância de períodos de esforço e descanso, preferir o horário do dia em que o aluno menos sinta os efeitos da fadiga, cuidados para evitar o aumento da temperatura corporal, algumas estratégias têm sido sugeridas, incluindo o uso de salas climatizadas ou bem ventiladas, a adoção de práticas no período da manhã, hidratação adequada (MULCARE ET AL 2001) e imersão do corpo em água fria até a cintura, exceto em situação onde possa ocorrer exacerbação da espasticidade (WHITE, WILSON e PETAJAN, 1997), cuidados com a espasticidade, evitar temperatura em meio aquático inferior a 27°, evitar exercícios com alta velocidade de contração, estabelecer o programa de exercícios físicos conforme as preferências do aluno e de acordo com suas capacidades. Em alguns casos, o aluno pode não ser capaz de atingir e manter uma intensidade de esforço suficiente para promover alterações no sistema aeróbio. Nesses casos, a opção por exercícios de fortalecimento muscular pode ser a melhor alternativa.
Considerando o crescente número de pesquisas com exercícios físicos para pessoas com esclerose múltipla e sua consequente indicação para a promoção de saúde e qualidade de vida dessas pessoas, existem algumas diretrizes básicas que são pertinentes para a orientação de exercícios físicos para essa população, conforme Quadro 2 abaixo. (GUEDES,2012).
Quadro 02 - Cuidados Gerais |
1°-Antes de iniciar qualquer programa com exercícios físicos para pessoas com esclerose múltipla consiste em compreender o quadro clinico do cliente. Nesse aspecto o médico deve ser consultado. Esse profissional poderá fornecer informações precisas acerca do estágio de progressão da doença e das especificidades do quadro clínico atual. Poderá ainda indicar dificuldades e limitações fisiológicas peculiares de cada paciente, o que pode ser fundamental para a determinação de um programa adequado de exercícios. O contato com o médico deve ser mantido para que a constante troca de informações possa permitir intervenções coerentes ao longo do tempo. |
2°- Verificar o histórico de atividades físicas e as principais dificuldades decorrentes de incapacidades. Informações sobre a adaptação de exercícios e preferências dos indivíduos por alguma atividade especifica são valiosas e devem ser registradas. A prática de uma atividade prazerosa pode influenciar favoravelmente na adesão ao programa. |
3° - Avaliação da função motora. O estabelecimento de parâmetros para a avaliação pode ser útil para quantificar a evolução do aluno. Manobras, simples poderão ajudar a reconhecer locais específicos de fraqueza. (GUEDES,2012) |
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas pessoas portadoras de esclerose múltiplaaprenderam a conviver com a doença.Acombinaçãoentre medicação adequada,alimentação regrada e prática de atividade física constante,consiste no segredo para se ter uma vida normal.
É muito importante encontrar um bom especialista.Muitas pessoas com esclerose múltipla vivem durante muitos anos e tem uma vida totalmente produtiva.Assim hábitos de vida podem ser um estimulo produtivo ou negativo no sistema nervoso.
Tanto os exercícios aeróbicos quanto anaeróbicos melhoram o estado geral em pacientes de esclerose múltipla.A falta de exercícios físicos é um fator de risco para as doenças crônico-degenerativas neurológicas. Além dos benefícios fisiológicosda atividade física o processo cognitivo é mais rápido e eficiente em indivíduos fisicamente ativos.
É fundamental que o profissional de educação física esteja preparado para o desafio de conduzir propostas de exercício físico para essa população utilizando o conhecimento mais recente da sua área e atento a novos avanços, buscando sempre adaptar ao nível da doença de cada individuo priorizando seu bem estar físico e mental, ou seja,duas pessoas diagnosticadas com EM podem ter sintomas completamente diferentes uma da outra,mesmo que seu tempo de evolução ou atividade da doença seja semelhante.
Em resumo uma série de manifestações neurológicas pode ocorrer em um individuo com Esclerose Múltipla.Muitas vezes a interpretação e análise temporal de todos eles é muito complexa sendo o neurologista o especialista médico mais capacitado para este propósito.
Quando falamos de aspectos físicos, temos seqüelas mais comuns na esclerose múltipla, a fadiga e a falta de equilíbrio. Esses fatores trazem instabilidade e insegurança para a prática de atividade física. Por isso, faz-se necessário que o profissional conheça sobre o assunto, crie, dentro das condições físicas de seu aluno, e atenda as suas expectativas.
Portanto é de suma importância que os sujeitos com esclerose múltipla pratiquem exercícios, pois são instrumentos fundamentais para melhora em relação à saúde pelas suas diversas adaptações tanto fisiológicas (aumento da massa muscular, aumento do VO2 máximo, melhor controle de glicemia, etc.), quanto psicológicos (autoconfiança e melhora da autoestima), melhora de todos que lhe executam de maneira consciente.
Os profissionais de Educação Física precisam estar sempre atualizados aos avanços da doença, pois todo conhecimento é de grande auxilio para todos, proporcionando aos indivíduos com Esclerose Múltipla uma vida ativa e saudável.
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